Política

Otto Alencar diz que Bolsonaro foi negligente, mas mantém cautela sobre processo de impeachment

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Senador foi o primeiro entrevistado do programa BNews Agora que estreou nesta segunda-feira, na Piatã Fm (94,3)  |   Bnews - Divulgação Arquivo Bnews

Publicado em 25/01/2021, às 19h56   Nilson Marinho


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O senador Otto Alencar (PSD) foi cauteloso ao falar, no início da noite desta segunda-feira (25), sobre uma suposta abertura de processo de impeachment no Congresso contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa da sua postura e ações adotadas durante a pandemia do novo coronavírus, que, no Brasil, já matou mais de 200 mil pessoas. Ele foi o primeiro entrevistado do programa BNews Agora que estreou nesta segunda-feira, na Piatã Fm (94,3), com apresentação do locutor Jhone Sampaio e do jornalista Victor Pinto.

Otto, que acompanhou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, deposta do cargo em agosto de 2016, diz que vê similaridade entre a queda de popularidade da petista e do ex-capitão do Exército. Na sexta-feira (22), o Instituto Datafolha divulgou que 40% dos entrevistados classificaram o governo como ruim ou péssimo — eram 32% no levantamento anterior, entre 8 e 10 de dezembro. A pesquisa ouviu 2.030 pessoas nestas quarta (20) e quinta (21) por telefone.

"A popularidade do presidente Bolsonaro está caindo porque ele errou completamente. Primeiro ele demitiu Mandetta do Ministério da Saúde, segundo, levou Celso e o demitiu, depois, colocou um general do Exército especialista em logística. E o general, por mais que se esforce, não tem tido um desempenho favorável. O principal Ministério do governo hoje é o da Saúde. Eu não posso afirmar que existe crime para ter a cassação do atual presidente. Fui conselheiro do Tribunal de Contas e sei que na hora julgar, o senador deixa de ser político e passa ser juíz e julgador, e os dois só devem falar com base nos autos do processo"

 "Se você me perguntar se o Bolsonaro já cometeu crime de responsabilidade para uma abertura de processo, vou dizer, que do ponto de vista do desempenho do governo liderado por ele na área da Saúde, é possível que, estudando todos os autos, como os casos de Manaus e a negligência, sim, talvez tenha cometido, além disso, em diversas oportunidades o presidente atentou contra o Regime Democrático, tomando decisões antidemocráticas", comentou o senador.

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