De acordo com dados divulgados pela Justiça Eleitoral, os 27 governadores eleitos ou reeleitos este ano declaram fortuna de R$ 63,53 milhões em patrimônio pessoal. Ou seja, em média cada chefe de Executivo estadual possui $ 2,35 milhões em bens. O mais rico de todos é disparado Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, que declarou R$ 14,62 milhões.
Um levantamento feito pelo site do Estadão na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que oito governadores apresentaram evolução patrimonial superior a 200% nos últimos anos. O destaque fica por conta da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), uma das maiores aliadas do presidente Lula na região nordeste.
Em 2006, ela listava 15 bens e R$ 172.734,71 num fundo de previdência privada. Agora, a peemedebista declarou 25 bens e valor total de R$ 7.838.530,34. O crescimento foi de 4.437,90% em quatro anos.
Alagoas e Maranhão ocupam, respectivamente, a 25ª e a 26ª posições no ranking do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, os dois estados também estão nas duas últimas posições do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Em compensação, de forma quase que paradoxal, governadores dos três estados mais ricos do Brasil ocupam posições discretas no ranking do patrimônio: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, é o 15º colocado, com R$ 960,9 mil; Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, informou patrimônio de R$ 843,1 mil, e ocupa a 17.ª posição; Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais, é o antepenúltimo da lista com apenas R$ 270 mil declarados em bens.
