2ª Turma do STF decide por maioria manter julgamento sobre suspeição de Moro

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter na tarde desta  terça-feira (9) o julgamento de Habeas Corpus da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no qual é pleiteada a suspeição do ex-juiz da operação Lava Jato, Sérgio Moro. 

O relator do caso é o ministro Edson Fachin, que anulou, na última segunda-feira (8), todos os atos de Moro em quatro processos contra Lula, que passou a ser elegível pela Lei da Ficha Limpa.

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Logo no início da sessão, o representante do Ministério Público Federal (MPF) requereu que o julgamento fosse suspenso. Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula, rebateu o pedido de suspensão, afirmando, em linhas gerais, que os fatos julgados são de conhecimento público e notório. "Não se trata de fato novo, mas referente a fatos reportados em reportagens jornalisticas", argumentou.

Gilmar Mendes, presidente do colegiado, defendeu o prosseguimento do julgamento. O ministro Nunes Marques, indicado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), também votou pela continuidade. A ministra Cármen Lúcia se manifestou no mesmo sentido dos colegas e Ricardo Lewandowski consolidou a maioria no sentido.

A segunda Turma é formada por Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques. Em dezembro de 2018, Cármen e Fachin votaram contra a suspeição de Moro. O julgamento segue neste momento com o voto de Mendes.