Aécio Neves ataca Doria e defende “centro ampliado” contra Lula e Bolsonaro

O deputado federal Aécio Neves (PSDB)  assumiu a prestigiosa Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmarados Deputados e concedeu entrevista à Folha de São Paulo, onde defendeu a construção de um “centro ampliado” para fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Lula (PT) em 2022.

Em sua primeira ampla entrevista desde que a gravação na qual combina receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista veio à luz, em 2017, Aécio analisa o panorama político e apresenta sua defesa das acusações que sofreu. Ele nega ser bolsonarista, mas afirma que a vocação tucana nunca é a de uma oposição radical.

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O deputado federal faz várias críticas ao desafeto governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), que tentou uma manobra para expulsá-lo do partido em fevereiro. Ele diz que falta experiência política e sobrar marketing pessoal para Doria, mas não o descarta como nome do PSDB à Presidência em 2022. Vai além, herético para um partido que foi competitivo em nível federal de 1994 a 2014, e afirma que os tucanos poderão ter de abrir mão de uma candidatura para unir o que chama de centro ampliado --que vai de Ciro Gomes (PDT) a Luiz Henrique Mandetta (DEM), passando pelo apresentador Luciano Huck. A alternativa, afirma, é ver a corrida polarizada entre Jair Bolsonaro e o PT, talvez com Luiz Inácio Lula da Silva, embora ele não creia em “jogo jogado”.

“O Centro ampliado tem de ter de Ciro [Gomes] a PSDB, MDB, DEM, com o [Luiz Henrique] Mandetta, Luciano Huck, o Eduardo Leite e o Rodrigo Pacheco. Dentro do PSDB, quem tiver disposição, tem todo o direito de construir uma candidatura. Seja o [João] Doria, Leite”, destacou o parlamentar do PSDB de Minas.