PSOL vai apresentar pedido de CPI para apurar suspeitas de corrupção da família Bolsonaro

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados vai apresentar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis ações de corrupção praticadas pela família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o UOL, a quebra de sigilos bancário e fiscal de pessoas e empresas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) revela indícios de que o esquema da rachadinha também acontecia nos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro, quando ele era deputado federal e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), pai e irmão de Fávio, respectivamente. 

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Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL na Câmara, disse ao UOL que é escandaloso os quatro funcionários que trabalharam para Jair Bolsonaro terem retirado 72% de seus salários em dinheiro vivo. Segundo Petrone, o esquema de rachadinha parece ser uma "prática comum" à família do presidente da república. 

"Um completo absurdo, ainda mais para um grupo que assume o poder defendendo o combate à corrupção. Sabemos que essa nunca foi uma verdade para eles. O PSOL exige ampla investigação e esperamos contar com apoios suficientes para instalar uma CPI que apure essas operações lideradas pelo presidente e seus filhos", disse.

O Psol quer apresentar o pedido de CPI nesta segunda-feira e depois reunir as 171 assinaturas mínimas necessárias para viabilizar sua criação, de acordo com o UOL. 

Uma CPI atua de forma temporária com poderes de investigação. Pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas e solicitar documentos da administração pública, por exemplo. O relatório final pode trazer sugestões de mudanças quanto ao tema em discussão e até ter suas conclusões partilhadas com o Ministério Público para a responsabilização civil ou crimminal se alguém for considerado um infrator.