Política

Sem confirmar candidatura em 2022, Mandetta pede opção entre Bolsonaro e Lula: "Dois extremos"

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Segundo o ex-ministro do governo Bolsonaro, primeiro a cair desde o início da pandemia, a situação se assemelha a precisar escolher em um restaurante entre "pimenta malagueta e limão azedo"  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 19/03/2021, às 11h37   Luiz Felipe Fernandez


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Apontado como possível candidato do DEM à presidência da Republica, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, evita sacramentar o seu destino antes de ajudar o Brasil a vencer a Covid-19. 

Nesta sexta-feira (18), em entrevista ao programa de José Eduardo, na Rádio Metrópole, ele garantiu que tem focado seus esforços no enfrentamento à pandemia e se colocou como candidato tanto como qualquer brasileiro acima de 35 anos, "em dia com suas obrigações eleitorais" e filiado a um partido.

"Estou trabalhando onde me chamam, em Salvador converso sempre com Bruno Reis [...] em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, o meu tempo está muito concentrado, a energia está voltada para essa mega crise humanitária", declarou.

No entanto, o médico ortopedista disse que o país precisa de uma opção que fuja dos "extremos", que são Bolsonaro e Lula, que voltou ficar elegível após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Agora, com a entrada de Lula, ficam dois extremos, a extrema esquerda e a extrema direita, uma mesma crise com o sinal contrário. Eles são muito iguais apesar das enormes diferenças, e eu vejo um número enorme da sociedade que não quer votar nem em um, nem em outro", pondera.

Segundo o ex-ministro do governo Bolsonaro, primeiro a cair desde o início da pandemia, a situação se assemelha a precisar escolher em um restaurante entre "pimenta malagueta e limão azedo".

"Não tem uma farinha para balancear o negócio? A sociedade está querendo pessoas sensatas", avalia.

Na visão do ex-deputado do DEM é o momento de fugir de pautas identitárias e disputas ideológicas, para dar atenção a um "olhar a fundo dos problemas do Brasil".

"Se não for o meu nome, que seja um que represente o homem sensato [...] que pare com essa história de briga por causa de tudo, se é gay, se é hétero, índio, proprietário rural. Tem que olhar a fundo os problemas do Brasil", justificou.

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