Política

Não aceitamos que Bolsonaro jogue a PM contra os governadores, diz deputado

Reprodução
Na última semana, aumentou a tensão de parte da PM, sobretudo na Bahia, onde o soldado Wesley Góes foi morto após horas de negociação no Farol da Barra, em um suposto surto psicótico  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 31/03/2021, às 13h54   Luiz Felipe Fernandez


FacebookTwitterWhatsApp

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara e coautor do mais recente pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, declarou nesta quarta-feira (31) que os parlamentares não vão tolerar que ele coloque policiais militares contra os governadores dos estados.

Na última semana, aumentou a tensão de parte da PM, sobretudo na Bahia, onde o soldado Wesley Góes foi morto após horas de negociação no Farol da Barra, em um suposto surto psicótico. O caso é investigado pelo Ministério Público.

O episódio foi utilizado por lideranças da extrema-direita para fomentar as críticas às medidas restritivas adotadas pelos governadores, ao alegarem que Wesley morreu por não aceitar cumprir as ordens do Executivo estadual.

Molon destacou que o pedido de impeachment inclui não apenas a tentativa de controle das Forças Armadas por parte de Bolsonaro, como os seus gestos que incitam a Polícia Militar contra os governadores. 

"Estamos reagindo, não aceitamos que Bolsonaro jogue a PM e militares contra os governadores. Isso também é crime de responsabilidade e está na nossa peça", assegurou o deputado.

Líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSOL-RJ) citou o caso de Wesley para detonar a deputada Bia Kicis (PSL-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que incitou o motim da PM ao dizer que o soldado foi morto por recusar cumprir ordens do governador Rui Costa (PT).

"O que o grupo de fanáticos que ocupa o Planalto hoje tenta fazer com as polícias é criminoso. A postura da presidente da CCJ na Câmara, que não tem condição ética e moral de estar no cargo, estimulando a PM da Bahia em um momento como esse...em qualquer um seria grave, mas nesse momento é particularmente perigoso", criticou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp