Política

Ministro do STF libera acesso de Calheiros a mensagens entre Moro e procuradores

Jefferson Rudy/Agência Senado
O processo está em segredo de Justiça   |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 23/04/2021, às 20h10   Redação BNews


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu nesta sexta-feira (23) o acesso do senador Renan Calheiros (MDB-AL) às mensagens do então juiz Sergio Moro com os procuradores da Operação Lava Jato, na Operação Spoofing. O processo está em segredo de Justiça. As informações são da CNN Brasil. 

Segundo a emissora, o material inclui trocas de mensagens que citam o parlamentar. Lewandowski deu acesso ao material somente com referências a Renan Calheiros, que é um dos políticos citados em acordos de delação, com investigados afirmando que o senador recebeu propina dos desvios da Petrobras.

O STF recebeu em dezembro de 2019, denúncia que acusa o congressista de ter cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em fevereiro, Calheiros protocolou projeto de lei que prevê anistia para os hackers que revelaram diálogos. De acordo com a CNN, na justificativa que acompanha a proposta, o parlamentar argumenta que os acusados contribuíram para o "aperfeiçoamento das instituições brasileiras", pois os diálogos são "confissões inequívocas de perseguição política", de "desprezo pelos direitos fundamentais das pessoas acusadas".

Os arquivos das conversas foram apreendidos em 23 de julho, quando foi deflagrada a primeira fase da operação Spoofing, que apura a atuação do grupo de hackers. Em dezembro de 2020, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu à defesa do ex-presidente Lula acesso às mensagens apreendidas pela Operação Spoofing, da Polícia Federal, realizada em julho de 2019.

A Segunda Turma do Supremo, em fevereiro deste ano, manteve o acesso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às mensagens apuradas pela Operação Spoofing que lhe digam respeito. O colegiado entendeu que os membros do Ministério Público de primeiro grau não possuem legitimidade para postular na causa.

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