Após dias “maravilhosos” de Carnaval, o prefeito de Salvador João Henrique (PP) voltou a encarar a realidade. Segundo nota do Correio, JH vai intensificar nesta semana os contatos com a Câmara de Vereadores. A intenção é evitar a derrota na votação do parecer que rejeitou as contas da prefeitura, o que o tornaria inelegível.
Apesar das últimas notícias de que não contaria com o apoio do PT, PCdoB, PSD, PV e PMDB – que juntos somam mais do que os 14 votos necessários para emparedar o futuro eleitoral do pepista -, João tem dito aos principais aliados de que tem como levar a melhor no jogo político.
Sobretudo, por dois detalhes: o voto é secreto, o que deixaria a opinião pública no escuro, e grande parte dos que se dizem hoje rebelados tem ligações estreitas com o prefeito. No momento, a conta negativa feita no Palácio Thomé de Souza inclui somente sete petistas, dois comunistas, mais a verde Andréa Mendonça e Adriano Meirelles (PR).
Alertados sobre possíveis manobras de João Henrique, o principal inimigo do pepista na Câmara, o PT municipal, montou um esquadrão para colocar a lupa nas andanças do prefeito e seus aliados na Casa. A turma já arregimentou soldados na sociedade civil organizada para avisar sobre as movimentações na Câmara.
Caso percebam avanços na tática, vão partir para o ataque, pedindo em manifestações bem orquestradas a renovação do Legislativo, com o argumento da contaminação política. Os petistas também acham que têm, a favor, o desejo acalentado por líderes partidários, sobretudo no PMDB, ansiosos em ver o prefeito e seu capital eleitoral longe da sucessão de 2014.
