Política

Otto Alencar faz perguntas sobre Covid-19 a Pazuello, que não sabe responder: "Não devia ter aceitado o convite"

Reprodução/YouTube
"O senhor tomou curso de doença infectocontagiosa?", questionou o senador do PSD  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 20/05/2021, às 11h28   Luiz Felipe Fernandez


FacebookTwitterWhatsApp

O senador baiano Otto Alencar interrogou o ex-ministro e general Eduardo Pazuello sobre características da Covid-19, durante a oitiva na sessão desta quinta-feira (20) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

O quarto ministro do governo Bolsonaro desde o início da crise sanitária não soube responder a nenhuma delas e admitiu que não fez nenhum curso específico sobre doenças infectocontagiosas ou o próprio coronavírus.

Otto, então, afirmou que Pazuello não deveria ter aceitado o convite se não sabia nada sobre o tema e nem pretendia se especializar.

"O senhor ontem deu uma declaração que me animou muito, que precisava fazer perguntas mais profundas, completas sobre a Covid-19. Ou seja, está dominando a matéria", ironizou o senador.

"Eu fui médico de formação, fui secretário de Comércio e INdústria no meu estado, tomei um curso de 60 dias para entender, me valou muito. O senhor tomou curso de doença infectocontagiosa? Sabe quando aconteceu a primeira manifestação de coronavírus no mundo?", questionou.

Pazuello respondeu que quando cobrou perguntas mais profundas se referia às questões de "gestão da pandemia", que não se limitam aos assuntos "médicos".

Mas Otto Alencar não concordou co o argumento. "O senhor não sabe nem o que é a doença, não poderia ter sido ministro de Saúde. Eu, no seu lugar, não aceitaria. A responsabilidade pra vida é de quem conhece a doença", criticou.

CLOROQUINA

Antes, Otto corrigiu o senador Marcos Rogério (DEM) sobre o vídeo apresentado com governadores e com o secretário de Saúde da Bahia, Fabio Vilas-Boas, em que falavam do tratamento médico com cloroquina.

Médico ortopedista de formação, o senador do PSD reiterou que na época dos vídeos gravados se usava a cloroquina, mas que o problema foi do presidente ter aparecido publicamente várias vezes com caixas do remédio. Foi uma verdadeira propaganda da droga, que hoje já é comprovadamente ineficaz para a doença.

Ele lembrou ainda o episódio pitoresco em que o presidente saiu do Alvorada para tentar oferecer uma caixa do remédio para uma ema, que chegou a bicar a mão do presidente. "Até a ema, não quis tomar a cloroquina e correu", brincou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp