Política

Rogério Carvalho solicita que CPI envie depoimento de Pazuello ao MP para apurar falso testemunho

Leopoldo Silva/Agência Senado
Requerimento para viabilizar medida será apreciado na próxima semana. O mesmo já aconteceu com o depoimento do ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten na última semana  |   Bnews - Divulgação Leopoldo Silva/Agência Senado

Publicado em 20/05/2021, às 14h19   Redação BNews


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O senador Rogério Carvalho (PT) solicitou que a oitiva do ex-ministro Eduardo Pazuello seja encaminhada ao Ministério Público com base no artigo 342 do código penal. Anteriormente, o presidente da CPI da Pandemia , senador Omar Aziz (PSD-AM), fez o mesmo com o depoimento do ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten, para que fosse  apurado eventual cometimento do crime de falso testemunho.

O requerimento será apreciado na próxima semana, de acordo com o vice-presidente da Comissão, Randolfe Menezes (Redes). Durante sua intervenção, Carvalho voltou a perguntar ao ex-titular da pasta se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não o obrigou a tomar decisões contrárias às orientações científicas quanto ao combate da pandemia. A sessão para escuta de Pazuello, na condição de testemunha, segue nesta quinta-feira (20). 

"O presidente não me obrigou a tomar decisões. É preciso compreender que existem muitas ações de combate à pandemia [...]. Ao que tange ao ministério da Saúde, não tive pressão do presidente para tomar essa ou aquela decisão. Não tomei decisão sozinho mas de forma tripartite, junto do CONASEMS e CONAS [Congresso Nacional de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, respectivamente]", respondeu Pazuello.  

Também durante sua intervenção, Carvalho argumentou que alguém está mentindo uma vez que Pazuello disse na última quarta-feira (19) que encontrava-se semanalmente com presidente ao mesmo tempo que afirmou que todas as decisões tomadas no combate à pandemia durante sua gestão eram dele. "Estamos caminhando para ter um responsável: O senhor, Eduardo Pazuello. Se tudo isso é verdade, foi do senhor a decisão de limitar a decisão de governadores e municípios no Supremo sobre medidas protetivas não farmacológicas", avaliou o petista.

Durante a primeira parte de participação na comissão, ao longo da última quarta, o general da ativa se manifestou como alguém favorável ao distanciamento social e uso de máscaras. Antes da intervenção do petista, a senadora Simone Tebet (MDB), da bancada feminina, também abriu mão de fazer perguntas para realizar um apelo a Pazuello. "Não assuma responsabilidade que não é de sua excelência. Fale a verdade, toda a verdade. Reconheça possíveis erros - se é que houve - por parte de vossa excelência mas não deixe a população brasileira sem respostas", concluiu Tebet. 

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