Política

Governador diz que não teme investigação de CPI da Covid: "Não comprei mansão de R$ 10 milhões em Brasília"

Dinaldo Silva/BNews
Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 21/05/2021, às 10h59   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), provocou a família Bolsonaro ao ser perguntado durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21), sobre as investigações contra os governadores, enviadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, aos titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

O petista garantiu que não teme que a investigação chegue à Bahia e reiterou que o estado foi vítima de uma "fraude" no processo de compra de respiradores da empresa HempCare, no ano passado, que resultou em um prejuízo de ao menos R$ 10 milhões aos cofres públicos.

 Ele diz que cobra do Ministério Público e da Polícia Federal, que investiga o caso, a prisão dos responsáveis pela negociação, que chegaram a ser presos mas foram soltos em seguida.

"O estado da Bahia foi vítima de uma fraude, de um golpe junto com o Consórcio [...] estou ansioso para que essas pessoas sejam presas pela Justiça e Polícia Federal, ou se o processo voltar, pela polícia baiana. Tem quase um ano, o processo se arrasta, quero acelerar isso. Não tenho receio nenhum", respondeu o governador ao BNews.

Na compra fracassada de respiradores da empresa HempCares, a Bahia teve um prejuízo de R$ 10 milhões. O caso é investigado pelo Ministério Público (MP) e Polícia Federal.

Enquanto a maior parte dos senadores da CPI questionam aos depoentes sobre a conduta do Governo Federal e Ministério da Saúde frente à pandemia, os parlamentares governistas tentam levar o debate para a responsabilidade de estados e municípios. A ideia é reforçar a tese do presidente Jair Bolsonaro de que a União somente repassou as verbas para o combate à doença.

Rui aproveitou a oportunidade para provocar a família Bolsonaro, citando a mansão comprada pelo filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), em bairro nobre de Brasília, avaliada em R$ 6 milhões, e ligada ao caso da "rachadinha" em seu gabinete na Alerj.

"Eu não tenho receio, não fui eu quem comprou uma mansão de R$ 10 milhões. Quando fui deputado, não tomei dinheiro de assessor, eu não tenho esse patrimônio que alguns tem em Brasília", alfinetou.

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