Política

Com novo relatório entregue à Anvisa, Rui espera que "má vontade" do órgão em aprovar Sputnik V seja superada

Dinaldo Silva/BNews
Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 21/05/2021, às 11h59   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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Membro do Consórcio do Nordeste e responsável por assinar um acordo com o Fundo Soberano Russo para aquisição de quase 10 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 somente para a Bahia, o governador Rui Costa (PT) espera que o novo relatório entregue pela fabricante à Anvisa supere a "má vontade" do órgão em aprovar o uso emergencial do imunizante.

"Entregamos o relatório tentando responder a todos os pontos que a Anvisa colocou, se não foi formalizado ontem será amanhã, para, mais uma vez, tentar que a Anvisa mude a sua visão", disse o governador em coletiva nesta sexta-feira (10).

Rui citou a situação da União Química, que finalizou o primeiro lote de vacinas Sputnik V fabricado no Brasil, mas que não vai poder ficar no país e será distribuído a outros países da América Latina, como Uruguai e Argentina.

"A União Química terminando o primeiro lote de Sputnik no Brasil e vai ser exportado para outros países, como Argentina, Uruguai, pois burocratas da Anvisa estão com má vontade", criticou.

O governador ressaltou que 30 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas em 64 países. Com uma quantidade dessas, alega Rui, seria impossível esconder qualquer reação adversa ou ineficácia da vacina produzida na Rússia.

"Conversei com algum 'PHD' de ciência, que me disse 'a posição da Anvisa não faz sentido'. Tem mais de 30 milhões de doses aplicadas, ela está discutindo fase de teste [...] se tivesse problema de segurança da vacina já teriam denunciado, não tinha como esconder em 64 países onde já estão sendo aplicadas", justificou.

O relatório

A Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) encaminhou nesta sexta-feira (21) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nome do Consórcio Nordeste, os documentos finais para uma reavaliação sobre a situação atual da vacina russa contra a covid-19, Sputnik V, cujo importação e uso foi reprovado pela agência.

Entre os documentos está o relatório técnico encaminhado pelo Ministério da Saúde da Federação Russa.

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