Política

Cúpula do Exército reforça pressão para mandar Pazuello à reserva após ato com Bolsonaro

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Publicado em 24/05/2021, às 06h17   Redação BNews


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A cúpula do Exército reagiu mal à ida do general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, ao ato político em companhia do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (23), no Rio de Janeiro. 

De acordo com o jornal O Globo, a avaliação de militares graduados, segundo relatos colhidos pelo jornal, é a de que Pazuello deve ser pressionado a ir para a reserva após o episódio. Uma fonte ouvida considera que a semana poderá ser "decisiva" para o destino do militar.

Ainda conforme o jornal, a intenção de que o general pedisse aposentadoria já era presente entre o comando do Exército quando ele estava no cargo de ministro, mas agora se intensificou com a participação cada vez mais frequente de Pazuello em atos políticos ao lado de Bolsonaro, que tem levado o general a viagens pelo Brasil.

Pazuello é um dos alvos recentes da CPI da Pandemia no Senado, além de enfrentar outras frentes de investigação de órgãos como o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas, por conta da condução do combate à pandemia como ministro da Saúde. O temor dos militares é que a presença do general em atos políticos arranhe a imagem da instituição, com uma associação indevida entre o Exército e o governo.

A participação de Pazuello na manifestação também cria um dilema ao comando do Exército. Pelo menos em tese o comando do Exército deve puni-lo, mas, se o fizer, corre o risco de o presidente da República revogar a punição. A decisão caberá ao comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

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