Política

Marcelo Nilo manda recado para governador

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“O PT tem a preferência, mas não deve ter a exclusividade”, diz presidente da Assembleia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/02/2012, às 08h56   Alessandro Isabel


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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Marcelo Nilo (PDT), entra de vez na briga pelo governo do estado em 2014. Para provar que ele não está pra brincadeira, Nilo utilizou o microfone do programa Balanço Geral – Record Bahia -, que tem a maior audiência do estado no horário, para mandar recado para o governador Jaques Wagner, “o PT tem a preferência, mas não deve ter a exclusividade”, disse ao se questionado sobre a vontade de ser governador do estado. O desabafo ocorreu na manhã desta quarta-feira (29), durante entrevista ao apresentador Raimundo Varela.

Para provar que ele é o candidato ideal para disputar a sucessão do governador petista, Nilo colocou seu currículo político como trunfo para ser o escolhido. “Sou presidente da Assembleia pelo terceiro mandato, eleito sete vezes o melhor deputado estadual e fui cinco vezes governador interino, acredito que tenho experiência para assumir esse estado”, afirma.

Sobre as oportunidades que foi governador interino da Bahia, o presidente brincou. “Fui governante por algumas vezes, mas a caneta não tinha tinta. Quero sentar lá com tinta na caneta”, conta ao lembrar que não tinha poder de decisão, mesmo sendo o governador.

Marcelo Nilo também explicou o porquê dos deputados estaduais ainda não terem votado a Gratificação por Atividade de Polícia – GAP IV e V. “O projeto chegou na casa (assembleia) no dia 15 de fevereiro, e será votado e aprovado no próximo dia 6 de março. Não está havendo demora”, explica.

Nilo ainda desafiou os policiais militares que reclamam dos salários baixos. “De 1º de dezembro de 2006 até hoje os militares tiveram ganho real de 30% em seus salários. Eu desafio qualquer policial a mostrar o contra-cheque de 2006 e de 2012 que não tenha esse ganho real. Eles reclamam, mas nenhuma categoria no Brasil teve 30% de ganho real nesse período”.

Sobre a ocupação da AL-BA pelos policiais grevistas, o presidente disse que tentou de toda forma dialogar com a categoria. “Ficamos cinco dias e cinco noites tentando negociar com os representantes. Por isso, foi necessária a convocação do Exército para a desocupação do local. Confiamos na PM, mas quando esses PMs invadem a casa (assembleia) fortemente armados e ameaçando os trabalhadores, não tive outra opção”.

Mesmo sendo natural da cidade de Antas, interior do estado, Nilo se arriscou a comentar sobre a atual situação da capital baiana. “Salvador precisa de choque de gestão, não tenho nada contra João Henrique, mas a cidade está em situação complicada”, concluiu.

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