Política
Publicado em 26/05/2021, às 19h26 João Brandão
O governo da Bahia, através da Secretaria da Admnistração do Estado (Saeb), vai gastar R$ 7,4 milhões na reforma de um prédio denominado "Espaço Jequitaia", na Avenida Frederico Pontes, sem número, no bairro da Calçada, em Salvador.
O contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (26) com a empresa Pejota Construções e Terraplanagem.
Conforme apurado pelo BNews, o imóvel pertence à Petrobras, mas foi emprestado ao Estado em um contrato de 20 anos. No entanto, na região, há diversos imóveis com nomes parecidos. Questionado pelo BNews à Saeb, não informaram detalhes do local.
A secretaria apenas respondeu que "os serviços a serem executados referem-se à reforma das instalações do Espaço Jequitaia, abrangendo as áreas de proteção e combate a incêndio e pânico, instalações elétricas de baixa e média tensão e hidrossanitárias, climatização, SPDA, Cabeamento Estruturado, CFTV e serviços de melhorias, cuja configuração está definida em conformidade com os elementos técnicos de projetos executivos fornecidos e da planilha orçamentária, parte integrante do Edital".
A previsão de início das obras é após a emissão da Ordem de Serviço em 15 dias e início das obras dois dias após a emissão do alvará pela Prefeitura Municipal de Salvador.
Pejota na obra
Após ser criticada recentemente por causa da requalificação do bairro Santo Antônio, em Salvador, de responsabilidade do governo estadual, a empresa ganhou contrato com a administração estadual de R$ 7,4 milhões para reformar o Espaço Jequitaia, na Calçada. A obra no Centro Histórico foi recheada de imbróglios. Demora na entrega e defeitos após conclusão.
O governo de João Henrique na prefeitura de Salvador derramou R$ 72,6 milhões na empresa. Os contratos começaram em 2009, no segundo mandato do então gestor, e seguiram até 2012, seu último ano a frente da administração municipal.
Nos contratos chamam atenção um de R$ 41,7 milhões, que teve vigência de apenas um ano. Segundo o termo, os serviços da Pejota eram para obras de macrodrenagem e complementares no Subúrbio Ferroviário da capital baiana. Ainda de acordo com o pacto, o montante gasto foi com recursos do Ministério da Integração.
Entre 2012 e 2013, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) enxergou diversas irregularidades em relação às contratações da PJ, inclusive com despesas exorbitantes com a empresa, conforme avaliada pela 1ª Inspetoria Regional de Controle Externo.
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