Política

Fora da prisão domiciliar, Queiroz mantém laços firmes com família Bolsonaro

Agência Brasil
Ex-assessor volta discretamente à cena política enquanto curte a vida   |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 30/05/2021, às 09h10   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que teve revogada a prisão domiciliar, está cada dia mais próximo da cena política, retomando os laços. Ele tenta, bem discretamente, empurrar o sargento da PM Luiz Carlos Chagas de Souza Junior, o Chagas Bola, para a política, com uma possível candidatura a deputado federal em 2022, pelo Rio de Janeiro.

No entanto, Queiroz representa a galinha dos ovos de ouro de Bola, que já sofreu derrotas nos três últimos pleitos, , após tentar as cadeiras de vereador e deputado federal pelo PSL. Para Bola, o apoio de Queiroz e, consequentemente, da família Bolsonaro, pode ser decisivo. Um dos assessores de Flávio avaliou o cenário: “O fato de Bola ajudar Queiroz neste momento delicado é fundamental para reforçar a parceria com o clã”.

Atualmente, Bola ocupa um cargo no programa Operação Segurança Presente, vitrine do governo estadual do Rio. Não é nova a teia que une Bola a Queiroz e, por tabela, aos Bolsonaro. O generoso candidato empregou o filho dele, Felipe Aguiar Queiroz, na campanha a vereador, conforme afirmou à Justiça Eleitoral em 2020, e atualmente tem o jovem de 21 anos como uma espécie de “faz-tudo” em sua empresa de segurança.

Desde a eleição de 2016, o patrimônio declarado de Bola mais do que dobrou, saltando de R$ 1,3 milhão para R$ 3,1 milhões. Depois de um mês na cadeia e oito meses em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira, Queiroz respira os ares da liberdade desde março. Em abril, mês seguinte, uma das filhas dele, Evelyn Melo de Queiroz, chegou a ser nomeada para um cargo na secretaria estadual da Casa Civil do Rio, decisão que foi revogada posteriormente.

O futuro de Fabrício Queiroz, assim como o de Flávio Bolsonaro e o de uma dezena de nomes envolvidos no suposto esquema da rachadinha dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), depende agora do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve apresentar nas próximas semanas o voto no processo que baterá o martelo sobre qual instância julgará o caso.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp