Política

Relatório Fiscal não interfere na votação das contas de JH

Imagem Relatório Fiscal não interfere na votação das contas de JH
Vereadores apontam avanços na gestão financeira, mas explanação de Joaquim Bahia não surte efeito esperado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/02/2012, às 20h01   Daniel Pinto


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Na manhã desta quarta-feira (29), como já foi noticiado aqui no Bocão News , o secretário municipal da Fazenda, Joaquim Bahia, apresentou o Relatório Fiscal do 3º Quadrimestre de 2011. Mesmo com divergências pontuais quanto à explanação, vereadores situacionistas e da minoria concordaram que a audiência não vai interferir no julgamento das contas de João Henrique dos exercícios de 2009 e 2010. “O secretário mostrou um incremento da arrecadação e um melhor equilíbrio fiscal. Mas, esse é um retrato do ano passado e não tem nenhuma relação com o julgamento que o Legislativo fará”, observou Odiosvaldo Vigas (PDT). 

Apesar de parecer incoerente, interlocutores do Thomé de Souza esperavam que o panorama positivo traçado pelo titular da Sefaz influenciasse alguns parlamentares na votação que se aproxima. Entretanto, o líder do governo na Câmara negou a estratégia. “Uma coisa não tem relação com a outra: o que se viu aqui, na verdade, foi a confirmação de que a reforma no secretariado e a política de contingenciamento fizeram com que a administração João Henrique aumentasse o superávit primário e reduzisse os restos a pagar”, analisou Téo Senna (PTC).

No entanto, o vereador aproveitou para lembrar aos colegas de plenário que o prefeito não é acusado por nenhum crime ou malversação de dinheiro público. “O mais importante é ressaltar que as contas em questão foram rejeitadas por critérios técnicos provocados por uma mudança de metodologia do TCM. Em nenhum trecho dos relatórios há indicativo de que houve dolo, desvio de verba ou corrupção”.

A comunista Aladilce Souza, por sua vez, considerou como “convincente” a apresentação de Joaquim Bahia, mas criticou a falta de lastro financeiro do município. “Ele mostrou sinais de que a cidade começa a balançar a equação entre receita e despesas. Se isso tivesse sido feito antes, João Henrique não teria suas duas últimas contas rejeitadas. Agora, Salvador não avançou no que diz respeito à capacidade de investimento, o que nos diferencia de capitais como Belo Horizonte. Aliado a isso soma-se a falta de aptidão para captar recursos junto ao governo federal e a dificuldade de diminuir a dívida ativa”.


Foto: Edson Ruiz/Bocão News

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