"O PDT ajudou Jaques Wagner e Rui", diz Ciro Gomes sobre tensão na Bahia

O ex-ministro Ciro Gomes comentou a tensão entre o PT e o PDT na Bahia, em coletiva de imprensa virtual nesta quinta-feira (10). O cearense está em Salvador para gravar uma série de vídeos de cunho eleitoral, ao lado do marqueteiro João Santana. Ele foi questionado sobre as declarações de Jaques Wagner em entrevista ao jornal Valor Econômico. Na publicação, o senador petista disse que os partidos de centro da base do PT na Bahia, PSD e PP, já estão amarrados com o partido para 2022 e que só o PDT estaria "tensionando" a aliança.

"O PDT não tensiona com ninguém. Disputei a eleição brasileira pela quarta vez. Dessa vez acho que as coisas estão amadurecendo, meu próprio temperamento", avalia. Para ele, "a turma do PT ficou com um 'cacoete' por ter o cachimbo na boca" e que o partido não precisa pedir permissão. "Perdão, Jaques Wagner, deixa só eu ter o direito de falar para o nosso povo decidir", ironizou, exaltando o comando do atual presidente do diretório estadual, Félix Mendonça Júnior, que rompeu com o Palácio de Ondina. "Na Bahia, temos confiança no Félix Mendonça". 

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Ele também comentou sobre os deputados baianos do PDT que ainda permanecem na base de Rui. "Não há incoerência nenhuma em qualquer companheiro  que esteja ajudando o governador Rui Costa a trabalhar, porque estávamos ombreados na luta para elegê-lo. Temos clareza disso. O PDT ajudou Jaques Wagner nos dois mandatos dele e ajudou Rui Costa. E não estamos arrependidos disso. Mas temos que olhar para o futuro. E para o futuro, o PT, me parece, quer fazer parte do problema e não da solução", finalizou.

Dentro do PDT, a avaliação é eue o movimento de rompimento é encabeçado por Félix e não conta com o apoio dos correligionários. O deputado federal Alex Santana e os estaduais Roberto Carlos, Samuel Júnior e Euclides Fernandes são uníssonos ao defenderem continuar com o Palácio de Ondina. 

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