Política

Sobre Luiz Sérgio, Zezéu e as mudanças no Executivo

Imagem Sobre Luiz Sérgio, Zezéu e as mudanças no Executivo
Presidente e governador buscam acomodar aliados e “desalojam” companheiros históricos para isso   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/03/2012, às 06h18   Luiz Fernando Lima


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O que serve lá em Brasília às vezes também pode ser usado aqui na Bahia. Na manhã desta sexta-feira (02) a presidente Dilma Rousseff embargou a voz ao falar de Luiz Sérgio, petista e ex-ministro da Pesca que foi retirado da pasta para permitir que Marcelo Crivella (PRB) assumisse.

De acordo com o colunista da revista Veja, Lauro Jardim, a presidente teria lamentado o que chamou de necessidades da “natureza de um governo de coalizão”. Dilma declarou: “você (Luiz Sérgio) foi e é um amigo e parceiro. Você prestou relevantes serviços ao governo”.

Evitando entrar no espinhoso assunto que envolve não apenas o partido de Crivella, mas, e principalmente, a crescente bancada
evangélica no Congresso Nacional, a substituição deixa mais evidente ainda que a escolha petista é de, doa a quem doer, favorecer os aliados para manter a “folga”  nas votações.

Dito isso, o assunto volta para a Bahia. Por aqui, o ainda secretário do Planejamento Zezéu Ribeiro já anunciou que vai sair para dar lugar para José Sérgio Gabrielli. Até ai, não há relação direta entre o que aconteceu no Planalto e no Centro Administrativo da Bahia (CAB), contudo, se o leitor se aprofundar um pouco mais poderá se deparar com a situação congênere.

Isto porque a corrente “Construindo um Novo Brasil” (CNB) tem um cargo no primeiro escalão. Ela tem, pelo menos, dois nomes que precisam ser acomodados – Zezéu Ribeiro e José Sérgio Gabrielli -. Até onde se sabe por fontes petistas, a tendência pediu mais espaço. No entanto, a solicitação foi negada. A razão da negativa é simples. A máquina está ocupada por indicados dos partidos aliados. No caso da Bahia, assim como no Planalto, tem petista sentido o gosto amargo para manter a base de sustentação do Executivo.

Em tempo: Não é o caso nem de Gabrielli, nem o de Zezéu, mas Crivella partir para a aventura na Pesca é bastante questionável. O novo ministro declarou não ter nenhuma intimidade com a área de atuação. Por aqui, em outras pastas, pode-se observar que qualquer semelhança não é mera coincidência.

Matéria postada originalmente às 15h18 do dia 02 de março

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