Política
Publicado em 20/06/2021, às 14h25 Redação BNews
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, afirmou, neste domingo (20), que a lista de investigados da comissão deverá aumentar.
"Tem muito mais gente que não foi ouvida que ainda entrará nesse rol de investigados. Ontem o Supremo decidiu isso, a procuradoria tem que dar prioridade para a investigação da CPI, para não morrer nas gavetas. [...] A demora na compra da vacina, nós teríamos 130 milhões de vacinas em dezembro do ano passado, 70 milhões da Pfizer e 60 milhões do Butantan, o Brasil não comprou porque não quis", afirmou o presidente em entrevista à CNN.
Na próxima terça-feira (22), a CPI da Covid entrará na sua oitava semana de trabalhos com a oitiva do ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MBD-RS). Segundo Omar Aziz, o depoimento de Osmar Terra deverá focar nas declarações sobre a pandemia, que incentivaram o conceito de imunidade de rebanho.
"O deputado Osmar Terra tem muito a explicar, você vê as declarações desde o início da pandemia. Todas as previsões foram erradas e ele passou informações completamente equivocadas, como a de imunidade de rebanho. Esse pessoal é que estava fazendo a política sanitária brasileira, que estavam cuidando de salvar ou não vidas", afirmou o senador à CNN.
Ainda de acordo com o presidente da comissão, existem fatores sobre a Precisa Medicamentos, única empresa que faz o intermédio na compra dos imunizantes Covaxin, da Índia, que precisam ser investigados.
Aziz afirmou que o governo federal está adquirindo somente a Covaxin através de uma empresa. "Tem um inquérito de um servidor que domingo era chamado para apressar a compra das vacinas indianas. Tem muita coisa que precisa ser investigada, vai aumentar essa lista e vai aumentar bastante".
Nise Yamaguchi deve ser convocada novamente
A médica oncologista Nise Yamaguchi move processos contra Osmar Aziz e Otto Alencar (PSD-BA) e pede indenização de R$ 160 mil por danos morais a cada um dos parlamentares após ter prestado depoimento no dia 1° de junho.
"Ela diz que fui passivo, não fiz nada para defendê-la. A CPI já detectou, ela disse que fez três viagens a Brasília, foram 13, das quais oito ela pagou com dinheiro vivo. Ela tem muito mais a explicar do que eu. Eu sou presidente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, meu comportamento é igual com todos, não há diferença para mim", argumentou Oziz.
Para investigar quantos pacientes foram salvos nos hospitais em que a médica trabalha, Oziz afirma que a comissão deve pedir boletins e prescrições realizadas por Nise Yamaguchi nesses locais.
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