Resposta a deputado desmente Queiroga e confirma compra da Covaxin pelo governo

Uma resposta do Ministério da Saúde a um requerimento do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR) enviada em maio, desmente o ministro Marcelo Queiroga, que nesta quarta-feira (23) negou que o governo tenha comprado a Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19.

No documento protocolado pelo deputado, ele questiona quais as vacinas e as quantidades que foram adquiridas. A pasta responde e lista a Covaxin entre os imunizantes que já foram adquiridos, inclusive com as 20 milhões de doses previstas no contrato sob suspeita de superfaturamento.

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" [...] depois de mentir na propaganda oficial sobre o número de vacinas compradas, agora o governo tenta negar a compra da Covaxin. A resposta do Ministério da Saúde ao pedido de informações que apresentei confirma a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana", disse o deputado.

Nesta quarta-feira, Queiroga chegou a se irritar com a pergunta sobre a Covaxin e negou que o governo tenha comprado "uma dose sequer" da vacina indiana e nem da Sputnik V, produzida na Rússia.

"Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin nem da Sputnik", disse. "Futuro é futuro", resumiu, tentando fazer valer a tese de que se trata de um acordo para intenção de compra.

De acordo com Frued, este é mais um gesto do governo Bolsonaro que comprova a sua "desorganização" e incapacidade administrar o Brasil diante da pandemia.

"Mais uma vez o governo demonstra completa desorganização para conduzir o país na pandemia. Estão brincando com a vida das pessoas", lamenta.