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CPI pode acusar Bolsonaro de prevaricação no STF

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"Não tem situação mais grave do que a que nós ouvimos hoje", diz Randolfe  |   Bnews - Divulgação Ag.Senado

Publicado em 26/06/2021, às 08h55    Henrique Brinco e agências


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A CPI da Covid estuda ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acusar o presidente Jair Bolsonaro de crime de prevaricação. O movimento acontece após o depoimento dos irmãos Luis Ricardo e Luis Miranda na CPI da Covid, na noite desta sexta-feira (25).  O servidor do Ministério da Saúde e o deputado federal do DEM apontam indícios de corrupção na venda da Covaxin, intermediada pela empresa Precisa Medicamentos, ao governo brasileiro. Segundo eles, o presidente foi comunicado sobre o suposto crime.

"Não tem situação mais grave do que a que nós ouvimos hoje. Não há, na história das comissões parlamentares de inquérito, nas duas circunstâncias de impeachment que nós tivemos na história republicana desde 1988, algo tão grave. Basta se reportar aos dois impeachments que já houve nos últimos 30 anos. Não chega a um terço da gravidade do que estamos vendo nesta CPI e do que nós vimos no dia de hoje", apontou o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em coletiva de imprensa.

Os questionamentos aos irmãos se concentraram nas pressões sofridas pelo servidor e nas supostas irregularidades dentro do processo de compra da vacina Covaxin. Foram mais de 8 horas e meia de reunião. Luis Miranda confirmou que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como suspeito de ser o mentor por trás das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin.

"Hoje nós começamos uma nova fase, efetivamente, da comissão parlamentar de inquérito. Nós já avançamos bastante com relação àquelas teses contidas no plano de trabalho e entramos para valer nessa parte do desvio de dinheiro público, no beneficiamento pessoal", avaliou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do colegiado.

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