Política

MPF do Rio prorroga por 90 dias investigação sobre suspeita de vazamento da PF a Flávio Bolsonaro

Pedro França/Agência Senado
Ação da Polícia Federal foi deflagrada em novembro de 2018 e encontrou movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)  |   Bnews - Divulgação Pedro França/Agência Senado

Publicado em 06/07/2021, às 18h43   Redação BNews



O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro decidiu, nesta terça-feira (6), prorrogar as investigações sobre o possível vazamento de informações da Operação Furna da Onça aos assessores de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), então deputado estadual. As apurações vão continuar por mais 90 dias. 

A ação da Polícia Federal foi deflagrada em novembro de 2018 e encontrou movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

Segundo a CNN, o procurador da República e responsável pela investigação, Eduardo Benones, informou que solicitou novas diligências e a prorrogação de mais 90 dias. “Temos dois processos no Tribunal Regional Federal (TRF) relativos à investigação, uma cautelar e um mandado de segurança contra uma decisão da Justiça que não concedeu as quebras dos sigilos telefônicos dos envolvidos, além de um recurso contra o habeas corpus concedido a um advogado que figura nas investigações. Mas ainda não foram julgados. Sem que estes processos sejam julgados, não conseguimos prosseguir [com a investigação]”, disse.

O procurador pediu a geolocalização das pessoas que estão sendo investigadas para saber quem esteve perto da superintendência da Polícia Federal um dia antes de a operação ter começado. “Cada vez que uma pessoa usa o celular, ela se conecta a uma antena mais próxima. Sabendo qual antena a pessoa se conectou, por exemplo, ontem às 20 horas, vou saber em que lugar essa pessoa estava”, explicou. 

Investigações 

O parlamentar é acusado de ter recebido informações da polícia por causa do depoimento do empresário Paulo Marinho, ex-aliado político de Flávio, que informo que o filho do presidente foi informado com antecedência, em 2018, por um delegado da PF sobre a operação que mirou o ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado por fazer parte de um esquema de “rachadinhas” no gabinete do então vereador.

O delegado que passou as informações antecipadas, ainda segundo a versão do empresário, seria um apoiador do presidente e teria atrasado a operação para não prejudicar a campanha eleitoral de Bolsonaro. Paulo Marinho é suplente de Flávio Bolsonaro no Senado.

A Operação Furna da Onça foi um desdobramento da Lava Jato que investigou suspeitas de corrupção entre deputados e empresas privadas, além do loteamento de cargos em órgãos públicos. 

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