O deputado estadual Rogério Andrade (PSD) nega, mas as conversas que teve ao pé de ouvido com diversas lideranças partidárias na tarde desta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa causou uma reação, no mínimo, estranha.
O parlamentar afirma que buscava o apoio dos pares para aprovar um projeto de sua autoria que teria como objetivo declarar de utilidade pública um terreno no interior do estado para que uma associação funcionasse. No entanto, circulou nos bastidores da Casa outra informação.
Andrade se viu provocado por uma ação movida pelo presidente estadual do DEM, ex-partido do parlamentar, que pede o mandado do membro do novo partido por ter faltado mais do que o limite estabelecido por lei. Seriam 53 ausência quando o máximo permite é de 44.
Em sua defesa, Rogério Andrade, afirma que a maioria das faltas foi abonada pelo presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), e por isso está tranquilo. “Estou absolutamente tranquilo. Tenho a convicção de que o pedido será arquiva. Estive presente em mais de 92% das sessões deliberativas. Todas as veze que tive a necessidade de faltar justifiquei a ausência”, argumenta
O líder do partido na Assembleia, Gildásio Penedo, também está confiante de que o pedido não vai prosperar. Para Andrade, o primeiro suplente da coligação que o elegeu, Luiz Gaban, é o responsável pela situação incômoda.
“Meu suplente (Gaban) que não teve votos nas urnas quer me tirar por esta via. Eu sou um deputado que estava na oposição e consegui manter a mais votação, mesmo sem ter cargos a oferecer. Isto se deve ao meu trabalho nas bases e isto se faz indo a campo, estando junto às pessoas que me colocaram na Assembleia”, explica.
Tendo em vista o corporativismo cultural na Assembleia é pouco provável que o parlamentar sofra algum tipo de sanção diferente dos eventuais cortes de pontos nas sessões que tiveram votação e ele faltou.
Rogério Andrade aparece como um dos possíveis candidatos à prefeitura de Santo de Antônio de Jesus. O deputado se mostrou surpreso com a articulação da Gaban. Segundo ele, o ex-deputado estava estimulando a sua entrada na sucessão municipal. “Mais estranho ainda é o fato de que Gaban, quando foi presidente desta Casa, abonou diversas faltas de parlamentares. Ele, como poucos, deveria conhecer o trabalho dos deputados”
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