Política
Publicado em 17/07/2021, às 12h29 Pedro Vilas Boas e Léo Sousa
O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à presidência em 2022, Eduardo Leite (PSDB), fez duras críticas à discussão sobre a adoção do voto impresso no sistema eleitoral brasileiro.
A fala foi feita pelo presidenciável durante evento em Salvador que reuniu lideranças do PSDB baiano, como o presidente do partido na Bahia, deputado federal Adolfo Menezes, o prefeito de Mata de São João, João Gualberto, e o deputado estadual Tiago Correia.
Na avaliação de Leite, o debate sobre o voto impresso é 'legítimo' mas sob a presidência de Jair Bolsonaro (sem partido) "tudo vira um risco".
"São constantes ataques às instituições, ao Supremo, ao Congresso, aos governadores, aos prefeitos, à imprensa. Todos são atacados", pontuou.
Foto: Dinaldo Silva/BNews
"Então o voto impresso, para Bolsonaro, não estou dizendo que todos que defendem o voto impresso estejam defendendo com a intenção com que Bolsonaro defende. Mas, sem dúvida, a intenção do presidente Bolsonaro e daqueles que o circundam, ao insistir no voto impresso, não é efetivamente as condições de auditar voto, e sim de gerar confusão", avaliou.
O político tucano reforça que as chances de problema em um processo mecânico de impressão do voto são muito maiores.
"A simples necessidade de, domingo, você ter a declaração do voto, mas depois ter que abrir um prazo para recontagem, com os tantos pedidos de recontagem, parece que a intenção é muito mais repetir o que foi a tentativa de Donald Trump nos Estados Unidos de gerar tensionamento, até o último momento, enquanto vai tentando mobilizar os contrários para discutir a eleição e gerar tumulto e confusão", disse.
"Eu digo que essa intenção deles é uma espécie de 'se correr o bicho pega, se ficar o bicho come', porque, se aprova o voto impresso, vamos conseguir formar confusão na contestação dos resultados lá na frente. Se não aprova o voto impresso, também fazem a confusão como se fosse uma teoria da conspiração contra a eleição dele", completou.
Leite lembrou ainda que o PSDB pediu uma auditoria do resultado nas eleições de 2014, quando Aécio Neves foi derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff por uma margem pequena de votos, e reconheceu a vitória da petista depois.
"Então, mesmo que seja razoável discutir o modelo de votação, sob a presidência de Bolsonaro tudo, infelizmente, vira um risco institucional para o país", finalizou.
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