Política
Dinaldo Silva/BNewsPublicado em 30/07/2021, às 10h42 Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez
Avançando na vacinação contra a Covid-19 por idade, Salvador pode ter todo a sua população adulta imunizada com a primeira dose até o fim do mês de agosto. A projeção foi feita pelo prefeito Bruno Reis (DEM), em entrevista coletiva nesta sexta-feira (30), que salientou que a previsão só será concretizada caso o Ministério da Saúde "não fure" o cronograma de entrega, como já fez em diversas oportunidades.
Na estimativa de entregar 60 milhões de doses em agosto, o prefeito calcula que Salvador pode receber um lote com cerca de 600 mil, que dará para imunizar não apenas as 300 mil pessoas restantes acima de 18 anos, como também dar início à vacinação de menores de idade com comorbidade. A Prefeitura, inclusive, já abriu cadastro para este público e aguarda somente a definição do Ministério da Saúde, comandado por Marcelo Queiroga.
"O Ministério precisa confirmar o envio das doses. Ele já apresentou um cronograma com 105 milhões de doses entre julho e agosto. Isso se confirmando, como precisamos de algo em torno de 300 mil doses [...] se não furar o programa, até 31 de agosto vai estar todo mundo vacinado com a primeira dose", explica.
O prefeito cita estudos que embasam a decisão da Prefeitura de antecipar a aplicação de doses da Oxford/AstraZeneca e diz que defendem ainda que o mesmo ocorra com as da Pfizer.
"Estamos defendendo a antecipação da segunda dose de vacinas que estão paradas. A Pfizer, poe exemplo, o estudo confirma que ela tem eficácia maior com 8 semanas, então para que esperar 12 semanas se diminui a eficácia? Na de Oxford, praticamente não tem mudança no percentual, se antecipar em 3 semanas, de 9 para 12, muda algo em torno de 6%. Por isso nós defendemos a antecipação para nos proteger de novas variantes, como a variante Delta", completa o prefeito, que diz acompanhar a proliferação da variante originária da Índia em todo o mundo, e em particular, nos Estados Unidos, aonde parte da população resiste a se vacinar.
Por último, Bruno lembrou que em determinados países, como no Uruguai, já se avalia a aplicação da terceira dose da vacina, mas que o foco hoje no Brasil é ampliar a cobertura vacinal das primeiras e segundas doses da vacina contra o novo coronavírus.
"Cada país tem a sua realidade, e a nossa é garantir 1ª e 2ª dose para todo mundo. A partir daí, vamos ver como todo mundo vai se comportar e o que os estudos vão indicar", assegura.
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