Política

Bolsonaro rebate críticas de Fux e diz que voto impresso deixará eleições 'limpas e auditáveis'

Carolina Antunes / PR
Presidente também voltou a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmando que ele "fez a cabeça" de lideranças partidárias  |   Bnews - Divulgação Carolina Antunes / PR

Publicado em 02/08/2021, às 19h10   Redação BNews


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Após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, ter criticado os ataques a ministros do STF que integram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as sucessivas ameaças à realização das eleições de 2022 por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o chefe do Executivo se pronunciou e rebateu as falas de Fux. O discurso de Bolsonaro foi realizado na solenidade de lançamento do programa "Água nas Escolas" nesta segunda-feira (2). 

Durante o evento, Bolsonaro defendeu novamente a realização de eleições limpas e auditáveis através do voto impresso. "Temos que ter eleições limpas e democráticas que possam ser auditadas. Alguém tem dúvidas de que outros países têm interesse no Brasil? Nessa grande fazenda?", afirmou o presidente. 

Mais cedo, Fux afirmou que o regime democrático precisa sempre ser reiterado. "Tratando-se de higidez democrática, não há nada automático, natural ou perpétuo. Ao revés, o regime democrático necessita ser reiteradamente cultivado e reforçado, com civilidade, respeito às instituições e àqueles que se dedicam à causa pública", disse o ministro do Supremo. 

Segundo a CNN, Bolsonaro também voltou a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmando que ele "fez a cabeça" de lideranças partidárias para realizar mudanças nos membros da comissão que analisa a PEC do voto impresso.

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"Porque um não quer o voto democrático, nós temos que abaixar a cabeça? Estão com medo de quê? Qual o poder do presidente do TSE?", questionou o presidente. 

Em relação às eleições de 2022, o presidente da República afirmou que deseja somente uma disputa justa e que, caso venha a não ser eleito novamente, não irá entrar na Justiça, já que o seu caso seria investigado pelos mesmos profissionais que decidiram soltar e tornar elegível o ex-presidente Lula (PT). 

"Só Deus me tira daqui. Não errei. Dei o melhor de mim e continuo dando", concluiu Bolsonaro. 

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