Política

CPI da Covid: Líder do governo, Ricardo Barros depõe nesta quinta-feira

Valter Campanato/ Agência Brasil
Ele foi apontado por Luís Miranda (DEM-DF) como o nome citado por Jair Bolsonaro no encontro em que teria levado ao presidente da República as suspeitas de irregularidades na contratação de vacinas da Covaxin  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/ Agência Brasil

Publicado em 12/08/2021, às 08h22   Redação BNews


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Apontado por Luís Miranda (DEM-DF) como o nome citado por Jair Bolsonaro no encontro em que teria levado ao presidente da República as suspeitas de irregularidades na contratação de vacinas da Covaxin, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) depõe nesta quinta-feira, 12, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A sessão está previsa para começar às 9h30.

Líder do governo na Câmara, Barros foi ministro da Saúde no governo Michel Temer e tem forte influência no Planalto. Segundo Miranda, ao ouvir o relato sobre a negociação da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, pelo Ministério da Saúde, levada a ele pelo seu irmão Ricardo Miranda, técnico da pasta, Bolsonaro disse que era "coisa" de Ricardo Barros.

Ricardo Miranda alega ter sido pressionado por superiores para acelerar a documentação para aquisição da vacina. O acordo chegou a ser assinado, no valor de  R$ 1,6 bilhão, mas foi suspenso pelo Executivo por suspeitas de irregularidades

Barros já tinha manifestado a sua vontade de comparecer à CPI para dar o seu depoimento. Segundo informações do UOL, governistas relataram que a intenção dos senadores de oposição foi adiar ao máximo este momento para deixar o governo Bolsonaro "sangrar". Do outro lado, membros do chamado G-7 diziam querer mais tempo para analisar as documentações.

Além de confrontado sobre as informações reveladas pelos irmãos Miranda, o pepista também precisará explicar à CPI as suspeitas que envolvem um contrato firmado com a Global Saúde em 2018 e a negligência da empresa na execução do acordo. Dos R$ 20 milhões que foram negociados, apenas R$ 2,8 milhões teriam sido ressarcidos aos cofres públicos. 

A Global nunca enviou os medicamentos de alta complexidade previstos nos contratos e o Ministério Público Federal (MPF) indica que houve favorecimento à empresa, alvo de investigação junto a Barros e servidores da Saúde que trabalhavam à época.

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