Ameaçado por reforma eleitoral, PCdoB tenta sobreviver sem precisar se fundir a outro partido

Partido tradicional na história da democracia brasileira, o PCdoB hoje está ameaçado pela reforma eleitoral que dificulta a sua sobrevivência. Com somente oito deputados hoje no Congresso, a sigla estuda outras saídas para evitar a fusão com uma legenda, como é ventilado no caso do PSB.

Uma saída está prevista no projeto de lei que cria as federações partidárias. Diferente das coligações, ela prevê que a união entre os partidos dure ao menos quatro anos, não podendo ser desfeitas logo após a eleição, como acontecia nos últimos anos.

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A expectativa é que a proposta consiga conciliar a necessidade de manter a ideologia e programas dos partidos, mas também garantir maior coesão e evitar a enxurrada de siglas nanicas. A medida daria maior possibilidade de sobrevivência às legendas menores, mas reduziria a quantidade de blocos na Câmara, segundo informações do UOL.

Vice-líder do PCdoB em Brasíla, o ex-ministro Orlando Silva (SP) garantiu que o PCdoB não considera uma fusão com outro partido neste momento. "Não há discussão sobre isso", relata.

A mesma opinião tem a deputada federal Perpétua Almeida (AC). A parlamentar, contudo, admite que o PCdoB pode se unir a partidos ligados a esquerda ou centro-esquerda, como o PV, e que a necessidade de reduzir o quadro de siglas é um clamor da própria sociedade. A aglutinação seria um importante viés para o PCdoB, que tem décadas de história no país.

"Como extinguir um partido que tem cem anos como o PCdoB?", questionou.