"O Brasil está precisando de chamego", diz Lula

Após surgir sorridente em um registro com Janja em uma foto que deu o que falar nas redes sociais, o ex-presidente Lula voltou a colocar para fora a sua versão "paz e amor" e disse que, dentre outras coisas como emprego, segurança e educação, o Brasil precisa de "chamego".

Crítico da insistência dos que cobram "autocrítica" do PT, Lula destaca que a força do partido fala por si só, e que o seu tamanho e o caráter popular são a razão do "ódio" contra a legenda fomentada nos últimos anos. 

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"Essa molecada [Lava Jato] não prejudicou a mim, prejudicou ao Brasil [...] eu estou em paz comigo. Faça uma pesquisa, encomende e pergunte qual o partido de mais simpatia. O PT vai ter 25% e o segundo lugar não chega a 2%. Essa é a explicação do ódio contra o PT", disse Lula em entrevista à Rádio Metrópole nesta quinta-feira (26).

"O Lulinha quer dar mais amor, quer dar mais carinho. O Brasil está precisando de chamego, muito carinho, muita paixão", completou o ex-presidente, que nos últimos tomou as redes sociais com a foto abraçado à futura esposa Janja, de sunga, sorrindo e com uma lua ao fundo. 

CONSELHEIRO

Com uma agenda cheia, Lula disse não ter tido momentos a sós com o governador Rui Costa (PT) e ainda não puderam discutir o seu futuro político. Há a possibilidade de que Rui saia candidato ao Senado no próximo ano, mas para isso teria que deixar o mandato, dando a vaga para o vice João Leão (PP) assumir até a eleição.

O cacique fez elogios ao sucessor de Jaques Wagner e ao seu governo na Bahia e garantiu que se for eleito em 2022 como presidente, vai querer ter Rui por perto nem que seja como um "conselheiro".

"Se o Rui não tiver nada para fazer depois, vou sentar com ele para conversar, perguntar como ele fez as policlínicas, a relação com os trabalhadores rurais. Vai ser uma espécie de conselheiro, vai ser o meu guru. É uma figura muito especial", classificou.

Antes, Lula já tinha enaltecido as qualidades políticas não só do Rui Costa, mas como de Camilo Santana e Wellington Dias, governadores petistas do Ceará e Piauí, respectivamente. Para o ex-presidente, qualquer um deles teria condição de se candidatar à República, mas que hoje ele não pode desprezar o seu resultado nas pesquisas de intenções de voto.

Lula ainda brincou ao fazer uma analogia com futebol, citando um craque do tricolor.

"Você não poderia pedir para Bobô, quando jogava no Bahia, pedir para jogar mal para o cara do banco entrar. Não sou o que eu sou por minha causa, sou o que sou por causa de Rui, de Wagner, do Camilo, de milhões de pessoas que me ajudam", declarou.