Política

Alta cúpula da CPI diverge sobre expectativa do depoimento do dono da Havan 

Leopoldo Silva/Agência Senado
Bnews - Divulgação Leopoldo Silva/Agência Senado

Publicado em 29/09/2021, às 10h59   Victor Pinto*


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Investigado na CPI da Pandemia, o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, presta esclarecimentos à comissão na manhã desta quarta-feira (29). Ele é acusado de financiar blogs a propagar fake news. A cúpula do colegiado divergiu sobre a contribuição ou não do bolsonarista. 

Para o presidente, senador Omar Aziz (PSD), será uma participação importante. O pessedista afirmou que não tem intenção de pedir a prisão de Hang, até porque espera que, como cidadão brasileiro, o empresário possa contribuir com a CPI. Segundo Omar, o fato de Hang não ter procurado obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser uma indicação de que ele esteja disposto a dizer a verdade.

O relator, Renan Calheiros (MDB), foi mais incisivo. O emedebista classificou Hang como "espécie de bobo da corte que vive da sabugice eterna" envolvido em disseminação de fake news, como a promoção de medicamentos sem eficácia contra a covid-19". Disse não ter expectativa de que Luciano Hang colabore com as investigações. 

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede) chamou atenção que a CPI não vai tolerar possíveis desacatos. “A CPI não tolerará desacato, não tolerará que, na condição de testemunha, se falte com a verdade”, afirmou, informando que a presidência da comissão vai utilizar os mecanismos que o inquérito policial dispõe para isso.

Para Randolfe, a CPI não pode cair na "cilada" das provocações, da intimidação e do tumulto. “Não podemos perder a serenidade nesta reta final”, avisou.

* com informações da Agência Senado

Classificação Indicativa: Livre

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