Política

Jaques Wagner vê com naturalidade conversa com MDB e crava sobre apoio: "Decisão vai ser deles"

Vagner Souza /BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza /BNews

Publicado em 16/10/2021, às 14h43   Henrique Brinco e Luiz Felipe Fernandez


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Ex-governador da Bahia e provável postulante do PT a ocupar mais uma vez o Palácio de Ondina, Jaques Wagner vê com naturalidade as movimentações políticas e os indícios de aproximação e conversa com o MDB. O senador ressalta que o partido ainda está "no grupo de lá", e citou a Prefeitura de Salvador como exemplo, mas que para 2022 o jogo está aberto.

"A decisão vai ser deles", afirmou Wagner, durante encontro do diretório do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) neste sábado (15), em Salvador.

A aproximação com o MDB tem sido fomentada pela conjuntura nacional, que pode ter uma mudança radical com uma eventual filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PP, partido que forma a tríplice-aliança na Bahia com PT e PSD. Com a possibilidade de ver a sigla mudar de lado, o PT abre uma frente com a partido de Lúcio Vieira Lima, que conversa com Jaques Wagner.

Perguntado pelo BNews, Wagner disse que não viu as últimas declarações do governador Rui Costa (PT) sobre a dificuldade que o partido teria de continuar a aliança com o PP caso Bolsonaro desembarcasse na legenda, mas garantiu que a base já busca "ampliar" o seu rol de alianças, e uma destas possibilidades é o MDB.

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"Eu não vi essa declaração dele [...] Nós estamos procurando ampliar evidente que estamos procurando ampliar, por exemplo tem sempre a pergunta: 'vocês estão conversando com o MDB?' A gente conversa com o MDB desde 2018, quando a gente não perseguiu os prefeitos que queriam votar, por exemplo, em Lúcio [Vieira Lima] e que eram da nossa base. Nunca fomos pedir para nenhum deles, não, não aceitamos que não vote. Porque o grupo funciona assim, se fosse no outro grupo já tinha mandado matar o cara se ele não obedecesse a ordem", comparou.

"Eu não sou chefe de grupo, eu tenho uma liderança e, portanto, nós conversamos com o MDB em 2018 não pra união eleitoral em 2018, mas no sentido que a gente respeitou o movimento deles. E agora já tive duas ou três conversas com o Lucio, eles estão ainda no grupo de lá, porque estão na Prefeitura, portanto no grupo do DEM, agora com outro nome, mas estão lá, e a decisão vai ser deles", concluiu o parlamentar.

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