Um técnico resolve dois problemas

Um técnico para resolver dois problemas. À primeira vista a escolha do novo secretário da Fazenda Luiz Alberto Petititga representa uma quebra nas analises conjunturais de lideranças das mais diversas correntes internas do próprio PT. Embora, este não seja o prognóstico mais coerênte.

O governador Jaques Wagner anunciou, nesta sexta-feira (13), o nome do substituto de Carlos Martins, no entanto, nos bastidores corria a informação de que o cargo poderia ser ocupado pelo atual secretário da Indústria e Comércio, James Correia.

A ideia, segundo fontes do Bocão News, era trazer para o governo estadual outro deputado federal e assim levar de volta ao Congresso Nacional, Emiliano José e Sérgio Carneiro. Que devem enfrentar problemas maiores do que o esperado para voltar à condição de deputados

Neste cenário ninguém pode dizer que Wagner não avisou que levaria para a Sefaz um quadro técnico. Desde o anúncio de Martins – que será candidato a prefeito de Candeias – o governador trabalha com este intuito. Disse, em diversas oportunidades, que traria um especialista.

Voltando à equação, o primeiro problema que se resolve com a ida de um técnico para a Sefaz é a instabilidade gerada pela disputa entre as correntes do PT para abocanhar mais uma pasta na gestão estadual.

O outro, está diretamente relacionado com a chegada de José Sérgio Gabrielli na secretaria de Planejamento. Sabe-se que uma das mudanças que o ex-presidente da Petrobras trouxe foi trazer a Desenbahia para a sua pasta.

Neste sentido, a tendência é que Gabrielli indique alguém de sua confiança para chefiar a importante agência indutora de crescimento do estado. Entre os petistas a saída de Petitinga era dada como certa.

Sedes

A nomeação de Petitinga está homologada e na próxima semana haverá a cerimônia de oficialização. A Sefaz passou a ser assunto superado, no entanto, a secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza ainda não tem nome certo.

Fontes do Bocão News acreditam no retorno de Valmir Assunção, atualmente deputado federal, ao primeiro escalão do governo. Contudo, poucos afirmam que haja uma concordância harmônica da parte de Jaques Wagner com a costura.

Outro deputado federal corre por fora para assumir a “menina dos olhos” do governo. Trata-se de Waldenor Pereira, ex-líder da bancada da maioria na Assembleia Legislativa, que atualmente também está na Casa Baixa de Brasília.

O problema é que o parlamentar da região de Vitória da Conquista teria o perfil mais próximo da pasta de Educação. No entanto, até onde se sabe, a indisposição de Wagner em contemplar a tendência Esquerda Popular Socialista (EPS), de Valmir, com mais uma secretaria pode colocar Pereira na Sedes. Vera Lúcia, da secretaria da Mulher, é integrante da EPS.

Outros cenários são traçados, mas como diz um dirigente petista, que prefere não ter o nome publicado, “em se tratando de Wagner desconsidere tudo que foi noticiado. Apenas a não noticia é que pode ser levada a sério. Seja lá o que isso represente”.