Diante de um cenário pouco confortável, o PSD vai buscar outros meios para provar que é um partido com possibilidade de somar a qualquer projeto político eleitoral ainda neste ano. Mesmo sem tempo de televisão e rádio e sem fundo partidário, os líderes da nova sigla tentam controlar os mais instáveis e tranquilizar os preocupados.
O presidente municipal do partido, deputado estadual Alan Sanches destacou, nesta segunda-feira (16), que está mais do que na hora de os partidos da base aliada ao governador Jaques Wagner afinarem o discurso e se posicionarem com relação à sucessão municipal em Salvador.
“Falta menos de seis meses para as eleições. Precisamos unificar o discurso com o maior conjunto de partidos para finalizarmos as propostas de governo dessa candidatura. E acredito que já está mais do que na hora das legendas que não terão candidatura própria se manifestarem”, declarou o parlamentar cotato para vice na chapa do petista.
Sanches fez questão de ressaltar em texto enviado à imprensa que o PSD foi o primeiro partido a confirmar o apoio à candidatura de Nelson Pelegrino em Salvador. O deputado também se posicionou sobre as especulações em torno da pré-candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB).
“A permanência da nossa competente senador Lídice da Mata, que fez dobradinha com o também senador Walter Pinheiro (PT) no pleito anterior, é de extrema importância para o Senado e para a Bahia”. Contudo, continua a nota, Sanches fez questão de pontuar que compreende e acha legítimo que qualquer partido queira pleitear uma candidatura majoritária.
Alan Sanches entrou recentemente para o grupo de possíveis vices na chapa majoritária petista. Com ele, está o atual vice da cidade, Edvaldo Brito (PTB), entre outros aliados. O problema que o ex-presidente da Câmara Municipal pode enfrentar está ligado à ausência de tempo de televisão de seu partido.
Por outro lado, Sanches é um quadro importante dentro do PSD e ser vice não representa um grande salto na carreira política do médico que foi vereador, presidente da Câmara e atualmente é deputado estadual. Um parlamentar do PSD, que preferiu não ter o nome revelado, disse à reportagem do Bocão News que ao partido a vaga (de vice) só interessa se vir nos moldes da do governo estadual. “Tem que ter uma secretaria. Sem a caneta o cargo fica sem expressão”.
Foto: Roberto Viana // Bocão News