A secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) continua no centro das atenções do governo Jaques Wagner. Após a saída de Carlos Brasileiro, que vai disputar a eleição de Senhor do Bonfim, Mara Moraes assumiu a pasta interinamente, mas deve deixar o comando em breve.
As primeiras informações davam conta de que a pasta voltaria para o seio da corrente Esquerda Popular Socialista (EPS), liderada pelo ex-secretário e deputado federal Valmir Assunção e pelo deputado estadual Marcelino Galo. A costura teria sido feita pelo secretário chefe da Casa Civil, Rui Costa.
No entanto, nesta semana, outra conversa voltou à tona. Rui Costa, que é uma das principais lideranças da corrente petista Reencantar, teria voltado atrás e resolvido manter a “menina dos olhos” com representante da tendência. Com isso, os nomes do deputado estadual, José Raimundo, do federal Waldenor Pereira, da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho voltaram a ser ventilados.
Em seu primeiro mandato no parlamento estadual, Zé Raimundo, afirma que a militância continua voltada para atender às demandas de sua região (Vitória da Conquista) e que não estaria entre os prováveis novos secretários. “Continuo minha luta para melhorar as condições das pessoas lá da região que estão sofrendo muito com a seca. Na Assembleia também estou envolvido com o Orçamento”, desconversou.
No início do segundo mandato de Wagner, em 2011, Raimundo chegou a ser cotato como um dos possíveis secretários. À época Carlos Brasileiro foi a escolha e tudo seguiu. Desta vez, o nome que ganha força é o de Waldenor. O petista nega, mas as informações dão conta de que o parlamentar, que é da mesma região de Raimundo, foi sondado para assumir a pasta.
Por outro lado, Moema está no final do seu segundo mandato e trabalha para eleger seu vice, João Oliveira. Além de ser considerado um dos quadros mais influentes dentro do PT baiano, a gestora conta com a simpatia da presidente Dilma Rousseff – algo difícil de ter mesmo para os petistas mais históricos -. Moema, inclusive, foi uma das coordenadoras da campanha da então candidata Dilma.
Um nome, no entanto, causou espanto quando ventilado. Em pleno processo de fechamento de alianças para eleições municipais e de assentamento da base de sustentação do governo Wagner, o secretário de Relações Institucionais, Cezar Lisboa, aparece como possível sucessor de Brasileiro na Sedes.
Ao analisar tal indicação, o que um dirigente petista que prefere o anonimato diz que passado o período de costuras para as eleições, Lisboa é “homem de confiança tanto de Wagner quanto de Rui Costa. Além de ter atuado nas relações institucionais por tempo suficiente para criar laços positivos e negativos, já que lida com pedidos das mais diversas naturezas. Talvez seja a hora de partir para outra área.”
Foto: Paulo Macedo // Bocão News
Nota originalmente publicada às 16h40 do dia 26
