Política

PMDB se prepara para “guerra”

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De acordo com presidente da legenda, candidatura de Mário Kertész é irreversível  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/05/2012, às 07h28   Daniel Pinto (Twitter: @dspinto99)


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Com a iminente associação entre PSDB e DEM em Salvador, notícias dos bastidores dão conta de que o PMDB está numa “encruzilhada política” e que não tem alternativa a não ser apoiar a candidatura de Alice Portugal (PcdoB). A leitura é de que a legenda, liderada pelos irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, não pode se “dar ao luxo” de ficar fora do processo e teoricamente não tem força para bancar um possível “voo solo” de Mário Kertész. Entretanto, em conversa com a reportagem do Bocão News, o presidente do PMDB desconstruiu os argumentos.

“Primeiro, não existe a possibilidade de estarmos sozinhos. Mantemos conversas com PSC, PHS, PV, PR, PPS e tantos outros partidos que são tão importantes quanto todos os que já foram citados. Por outro lado, diferente de outras agremiações, o PMDB não precisa negociar coligações em função do tempo de TV. Temos, sozinhos, quase três minutos. Sem contar com o que vai ser repartido para cada candidato. Aí, vamos para mais de cinco. Neste momento, estamos preocupados apenas em discutir Salvador e elaborar um projeto sólido para tirar a cidade desse caos”, observou Lúcio Vieira Lima, presidente da executiva regional.

Na oportunidade, o dirigente foi confrontado com o discurso usado por Mário Kertész de que só entraria na disputa eleitoral se fosse aclamado como nome de consenso das oposições. “O tempo passou e a situação da capital se agrava. MK sabe disso e está comprometido em dar uma nova contribuição para a cidade. Ele não tem projeto político. O único objetivo é ajudar na reconstrução de Salvador. Por isso, nossa candidatura é de reconstrução. Oposição quem faz é o prefeito João Henrique e o PT, que tenta emplacar no município um projeto mal sucedido no estado”.

Por fim, Lúcio Vieira Lima praticamente descartou a hipótese de associação com a “intentona” comunista. “Essa possibilidade foi discutida num outro contexto. Não haveria nenhum problema de natureza política ou técnica. Além do mais, o PCdoB mostra maturidade ao discordar do projeto hegemônico do PT. Sem contar que Alice Portugal é uma grande candidata. Mas, hoje tenho convicção em dizer que a candidatura de MK está mais forte do que nunca”.


Foto: Edson Ruiz/Bocão News

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