Comissão da Fiol discute desapropriações no trajeto da obra

"Temos que fazer um esforço para que o impacto social da obra seja positivo", defendeu deputado | Roberto Viana

Publicado em 17/05/2012, às 06h33 Redação Bocão News

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa que discute a construção da Ferrovia Oeste/Leste (Fiol) reuniu-se nesta quarta-feira (16) para relatar a situação de proprietários de áreas que passam pelo trajeto da obra e têm direito à indenização.

“Há demandas para encaminhar à Valec (empresa estatal responsável pela ferrovia), sobretudo de indenização de propriedades, onde há impactos. Temos que fazer um esforço para que o impacto social desta obra, de tal envergadura, seja positivo”, sugeriu o deputado Zé Raimundo (PT), membro da comissão.

Ele citou como exemplo algumas demandas que colheu no município de Ibiassucê, onde teve reunião com lideranças no final de semana passado, e disse que vai encaminhá-las formalmente à comissão.

"Constatamos que as obras da Fiol, no município, estão em andamento, mas há demandas sobre as desapropriações, como caso de uma propriedade em que a Velec fez uma cerca (um paredão) a 10 metros da casa do proprietário Elói Correira Niza, que está inviabilizando a vivência da sua família", relatou.

Na reunião, a mesa da comissão acatou imediatamente a sugestão de Zé Raimundo, de colher mais detalhadamente essas demandas de impacto social e tentar encaminhá-las para uma solução. A Fiol vai percorrer, ao todo, 1.500 quilômetros, tendo como zona de influência 49 municípios baianos num trecho de 1.100 quilômetros.

A nova linha férrea interligará o Porto Sul, a ser construído na Ponta de Tulha (ao norte de Ilhéus) ao Brasil Central, podendo, futuramente, interligar-se com uma rede que chegará ao Oceano Pacífico.

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