A definição da estratégia eleitoral do PDT para Salvador foi adiada novamente. Desta vez, o presidente estadual da sigla, Alexandre Brust, ligou para o nacional, Carlos Lupi, para defender a necessidade de manter uma candidatura majoritária como forma de garantir a presença de representantes do partido na Câmara Municipal.
Em linhas gerais o que se sabe é que Brust relatou ao ex-ministro a perda de espaço na Casa Legislativa da capital. Em 2004 – ano que em João Henrique foi eleito pela primeira vez e pelo PDT – o partido elegeu seis vereadores. Em 2008, foram quatro. Agora, corre o risco de não eleger nenhum ou apenas um.
Lupi entendeu e cancelou a viagem que faria para Salvador nesta quinta-feira (17). O presidente nacional ainda tem outra missão: apaziguar os ânimos entre Brust e o deputado federal Marcos Medrado, que preside a sigla na capital. Os dois trocaram acusações e entraram em conflito aberto nas últimas semanas.
Há um conflito irônico e que já foi noticiado entre as duas lideranças. Inicialmente, a discussão entre os dois explodiu após o parlamentar abrir dialogo com ACM Neto, pré-candidato do DEM à prefeitura de Salvador. O presidente estadual aliado de Wagner e inimigo declarou dos Magalhães bradou e criticou.
Depois de Medrado ficar impossibilitado de concorrer à sucessão ao Thomé de Souza, abriu as portas para apoiar Nelson Pelegrino, pré-candidato petista. O que parecia a solução perfeita para fechar as arestas agravou o problema entre os dirigentes partidários.
Brust, ao que parece, defende a candidatura própria no primeiro turno para manter a perspectiva de uma “sobrevivência” de PDT enquanto força política em Salvador. Enquanto Medrado pensa que a melhor estratégia e caminhar com o petista.
Nos corredores da Assembleia Legislativa fala-se que o vereador Odiosvaldo Vigas procurou representantes do PSD para conversar. O novo partido foi o primeiro a anunciar apoio ao PT e, até onde se sabe, vai caminhar junto nas proporcionais. O burburinho é de que o PDT também quer participar desta coligação.
Enfim, Carlos Lupi pediu uma semana para pensar sobre o assunto. Provavelmente, vai conversar com os pares no Congresso Nacional e traçar qual o melhor caminho. O estatuto do PDT coloca no colo da direção nacional as decisões em cidades como Salvador.
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