Estratégia do líder governista é esperar fim das convenções partidárias |
Publicado em 29/05/2012, às 11h47 Daniel Pinto (Twitter: @dspinto99)
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No final do mês de março, a Comissão de Finanças da Câmara Municipal de Salvador seguiu recomendação do TCM e votou pela rejeição das contas de João Henrique referentes ao ano de 2010. Desde então, a matéria entrou na pauta da Casa e está sem previsão para ser julgada em plenário. “Espero bom senso do Poder Legislativo para que as contas sejam votadas o quanto antes. Esse é o anseio da sociedade”, destacou Paulo Câmara (PSDB). Apesar da posição, o tucano - que é membro da Comissão de Finanças - garante que não há nenhuma irregularidade na tramitação. “Não houve desrespeito ao Regimento Interno da Câmara. Entretanto, existem duas maneiras possíveis para antecipar o processo: um pedido de urgência assinado pela maioria dos vereadores ou então um acordo de líderes. Caso contrário, só nos resta esperar a ordem natural da fila”.
A petista Marta Rodrigues, outra com assento no colegiado, aponta uma manobra política do Thomé de Souza como principal causa para que a votação não seja antecipada. “Se houvesse vontade ou iniciativa da Casa, as contas já teriam sido analisadas. Mas, até mesmo a entrada na pauta foi uma questão estratégica. A nossa leitura é de que o governo teme a votação secreta”. Na avaliação da vereadora, a prefeitura aguarda a realização das convenções partidárias para levar o assunto ao plenário. “Depois das coligações, eles terão a segurança da legenda para contar com votos dos filiados. Feito o mapeamento, não tenha dúvida que a própria bancada da situação vai cobrar a apreciação da matéria”.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, o líder do governo no Legislativo admitiu que, de fato, existe insegurança. “Hoje, a bancada é composta por 31 vereadores. Muitos deles ainda não possuem posição definida sobre o tema. Por isso, acreditamos que seja necessário um tempo maior de maturação”, observou Téo Senna (PTC). Mesmo sem entrar em detalhes, o interlocutor do Thomé de Souza confirmou que as contas devem ser votadas depois do dia 30 de junho, data limite para realização das convenções. “Com certeza, julho é um bom período. Vamos 'matar' esse assunto bem antes das eleições”.
Fotos: Gilberto Jr. e Roberto Viana/Bocão News
Nota pubicada às 17h40 do dia 28
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