Política

Eleições 2012: "Eu vou em qualquer circunstância

Imagem Eleições 2012: "Eu vou em qualquer circunstância
Pré-candidato pemedebista alfineta o democrata ACM Neto   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/05/2012, às 12h08   Caroline Gois e Redação Bocão NewsTwitter: @goiscarol



O radialista Mário Kértesz, pré-candidato do PMDB à prefeitura de Salvador nas eleições 2012, oficilizou nesta quinta-feira (31), que está na corrida pela vaga no Thomé de Souza.

Durante entrevista concedida ao programa Balanço Geral, na Record Bahia, Kértesz - que durante todo o discurso se disse preparado para assumir o cargo, alfinetou o pré-candidato ACM Neto e falou da rachadura da oposição. "Tentei manter uma união porque queria uma oposição forte mas, depois que Neto decidiu ser candidato as coisas mudaram. Ele havia me dito que seria candidato a governador em 2014. Com isso, sigo na pré-candidatura e admito isso hoje pela primeira vez. Assim, o que temos é um candidato que quer usar a prefeitura como trampolim e outros que querem manter a hegemonia política do partido. Eu já tenho experiência e não quero fazer carreira política", disse.
Sobre buscar apoio para fortalecer a campanha, o radialista disse fugir de alianças que promovem o loteamento de cargos. "Não quero alianças baratas. Quantos aos cargos, vão ter que indicar cinco nomes para serem testados. Se não der certo demito. Não tenho medo de dimitir. Já para o governador isso é um parto", criticou.
Questionado sobre a relação que tem com Jaques Wagner, kértesz admitiu que facilmente senta para conversar com ele e com a presidente Dilma. Sendo assim, o peemedebista não hesitou e admitiu: "Eu vou em qualquer circunstância". 

Racha da oposição

No dia 24, o Democratas não só reafirmou a pré-candidatura de ACM Neto a prefeito de Salvador, como definiu alguns “alicerces” da disputa eleitoral. O mais inabalável de todos é que Neto é o “cabeça de chapa” e ponto final. Outro “dogma” já estabelecido é que a imagem e o legado do ex-senador Antônio Carlos Magalhães serão explorados exaustivamente.

Estes dois aspectos foram criticados, em off, por integrantes do PSDB e PMDB. Longe dos holofotes, os dois grupos políticos abandonaram o discurso da legitimidade e condenaram a postura do DEM pela tentativa de impor o protagonista da oposição.

Além disso, é tido como (praticamente) impossível colocar Geddel Vieira Lima e Jutahy Magalhães Jr. juntos no mesmo palanque, uma vez que os dois eram inimigos declarados de ACM. “Vai ser cada um por si e Deus por todos”, comentou um tucano. O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, entretanto, foi mais contundente. Ele usou o Twitter para criticar a “sede de poder” do antigo PFL.

E o pior é que as criticas não pararam por aí. Sobrou até para o presidente nacional do Democratas, que afirmou ser impossível pensar nas eleições deste ano sem pensar em 2014.

“Querem que toda oposição concentre esforços para recuperar o poder e o prestígio de um grupo que quase foi pulverizado na Bahia. O negócio tá tão sério que o próprio Agripino Maia disse que a Salvador é prioridade nacional da legenda. Ainda estão de olho no hoverno do estado. Me parece uma tática kamikaze”, observou  outro filiado ao PSDB.

Matéria postada às 8h46 do dia 31 de maio

Classificação Indicativa: Livre

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