Política

Brito: Falta de planejamento foi o principal erro de JH

Gilberto Júnior
Pré-candidato disse que políticos precisam apresentar projetos para Salvador  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior

Publicado em 11/06/2012, às 15h36   Redação Bocão News




Em entrevista ao jornal A Tarde publicada nesta segunda-feira (11), o vice-prefeito e pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza, Edvaldo Brito (PTB), afirmou que o principal erro da administração João Henrique (PP) foi a falta de planejamento.

“Isso eu tenho falado dentro e fora do governo, ao próprio prefeito, sem nenhum problema de enfrentamento a ele, mas de colaboração. Tanto que levei 2008 preparando a reforma da administração. Fiz com pessoas que o próprio João Henrique designou. Conseguimos reduzir de 18 para 11 secretarias”.

O petebista, que já foi prefeito da capital baiana no final da década de 1970 e secretário do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, também apontou algumas qualidades do gestor municipal, considerado por duas vezes o pior prefeito de capitais do país.

Para Brito, apesar das mudanças de partido e das inúmeras trocas no secretariado, João Henrique é “um homem agregador, uma pessoa afável”. “Veja que, apesar dessas inúmeras mudanças de secretários, ele não tem nenhum inimigo figadal, permanente”, observou.

Eleições – Mesmo sem ter conseguido firmar alianças com outros partidos até o momento, Brito não abre mão de manter sua candidatura à prefeitura. A desistência só seria possível, segundo ele, se o PTB determinar que seu nome, que recebeu 203 mil votos para a campanha ao Senado em 2010, não tem viabilidade eleitoral. Neste caso,  o jurista postularia uma vaga na Câmara Municipal.

“Não sou um “aureolado”. Se o PTB chegar e disser que eu estou entre os 34 vereadores do partido para a eleição do vereador, não posso fazer nada. Aí só tenho dois caminhos: me empavonar e dizer ‘não vou ser vereador ou o partido pode me dizer: ‘você não pode ser candidato a prefeito porque os outros partidos não fecharam com a gente. Se eu não obedecer nessas duas hipóteses seria desobediência partidária. Então, não afasto de mim qualquer possibilidade dentro desse arco complexo que é a política”.

Questionado sobre se adotaria um discurso de situação ou oposição caso sua candidatura seja mesmo confirmada, Brito esquivou-se ao dizer que não teve poder para executar o que desejava. Na visão do petebista, nenhum dos principais postulantes ao cargo pode fazer críticas severas a João Henrique porque todos – PT, PMDB, DEM e PP – participaram da administração municipal.

“Se você olhar o arco de partidos que está aí, vai contar nos dedos de uma mão quem não participou da gestão de João Henrique. E aí até quem menos participou fui eu, no sentido que eu estou colocando, ou seja o PTB não teve espaço que os outros tiveram. Portanto, nenhum de nós pode dizer que dessa água não bebeu e que desse pão não comeu”

Com o nível de rejeição e a impopularidade de João Henrique atingindo níveis elevados, Brito defende que a disputa eleitoral não tenha caráter plebiscitário. “A campanha eleitoral não pode ser maniqueísta, a favor ou contra João Henrique. Essa campanha vai exigir de quem quer seja – e eu estarei vigilante – programa. Repito: o que vai fazer, com o que vai fazer e com quem vai fazer”, analisa.

Foto: Gilberto Júnior


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