O prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, não deve escapar de mais uma condenação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por causa dos elevados gastos com a folha de pagamento dos contratados, trabalhadores temporários e cargos comissionados.
De acordo com dados do TCM, dois fatores fizeram com que a folha de pagamento dos últimos meses ficasse em torno de R$ 12 milhões: a contratação de trabalhadores temporários e comissionados neste ano de eleição e o reajuste de salário dos servidores municipais.
Ainda segundo o TCM, o aumento salarial foi para mais de 4.500 servidores do quadro efetivo, que em janeiro custavam R$ 7.813.089,64. O reajuste concedido variou de 5,5% a 15%, sendo o maior percentual para os professores. Entretanto, o aumento já estava previsto no orçamento, sendo um direito do servidor. Entre as irregularidaes apontadas pelo TCM está o inchaço na folha de pagamento, com mais de duas mil pessoas sem concurso público contratadas. Com os cerca de 1.400 trabalhadores temporários são gastos mensalmente mais de R$ 1. 250.00 e com os 360 comissionados são consumidos R$ 824.887,79.
Segundo informações publicadas pelo jornal A Região, a maioria dos trabalhadores temporários está lotada na Secretária de Desenvolvimento Urbano, que neste ano de eleição ganhou pelo menos mais 100 pessoas para realizar trabalhos que não foram feitos nos últimos quatro anos.
De acordo com a publicação, a prefeitura iniciou a limpeza das praças nos bairros e a retirada de entulhos acumulados há quase quatro anos. Com isso, o número de comissionados teve um aumento nos últimos meses. A maioria dos comussionados são ligados aos presidentes de associações de moradores de bairros, que apoiam o prefeito e estão envolvidos na campanha eleitoral, aponta o jornal.
Um dos motivos para a rejeição das duas contas do prefeito José Nilton Azevedo já julgadas no TCM foi os gastos com a folha, que foram acima do do percentual permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
