Política

CPMI de Cachoeira retoma os trabalhos nesta terça-feira

Imagem CPMI de Cachoeira retoma os trabalhos nesta terça-feira
Após o recesso, os parlamentares voltam a se debruçar sobre os crimes   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/08/2012, às 22h18   Agência Câmara



Encerrado o recesso, a comissão parlamentar mista de inquérito que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados retoma os seus trabalhos. Na terça-feira (7), a CPMI deverá ouvir Andressa Mendonça, companheira do contraventor, e Joaquim Gomes Thomé Neto, suspeito de fazer escutas clandestinas a mando de Cachoeira. Na quarta-feira (8), será a vez de Andrea Aprígio, ex-mulher do contraventor, e de Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador de empresas de fachada que teriam sido usadas pela organização de Cachoeira.

Andressa Mendonça foi acusada de tentar chantagear um juiz para beneficiar o marido. Ela vai depor na condição de investigada, e não de testemunha, e entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo direito de permanecer calada. Esse instrumento jurídico, que já foi usado por outros depoentes, será citado pelo relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), no seu parecer.

"Quando as pessoas vão à CPMI e não falam nada, é porque elas devem. Meu relatório, claro, vai compreender que o fato de alguém não se defender das acusações se deve ao medo de se incriminar. E isso ocorre exatamente por causa do vínculo com a organização criminosa do senhor Carlos Cachoeira”, disse Cunha.

O relator avalia que é cedo para decidir sobre a necessidade ou não de prorrogar o prazo de trabalho da CPMI: "É uma análise que deve ser feita no final de setembro, mais perto do fim do nosso prazo regimental. Ainda temos agosto e setembro pela frente, e o importante é que nos dediquemos a um trabalho intenso, mesmo neste período eleitoral."

Entre os objetivos da CPMI do Cachoeira, estão identificar o fluxo econômico da organização criminosa, que movimentou recursos por meio de empresas fantasmas e legais; descobrir quais foram os lucros do grupo e quais recursos podem ser recuperados na Justiça para os cofres públicos; e esclarecer quais detentores de funções públicas tiveram envolvimento efetivo com a organização

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