Política

"Não querem que eu seja governador, mas é vontade divina"

Imagem "Não querem que eu seja governador, mas é vontade divina"
João Henrique faz balanço da gestão e se diz injustiçado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/10/2012, às 15h51   Caroline Gois (Twitter: @GoisCarol)



O prefeito de Salvador, João Henrique, aproveitou a entrevista concedida à Radio Sociedade, na manhã desta quarta-feira (10), para fazer um balanço da gestão e mandar recado aqueles que ele afirmou não reconhecerem  seu trabalho. "Fui injustiçado. As coisas deveriam também ser reconhecidas de forma elegante e justa. Mas, infelizmente, a vida é feita de injustiça", disse o pepista.
Ressaltando os pontos positivos dos oito anos que esteve à frente da prefeitura, João Henrique destacou a implementação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e das mudanças que executou com relação às empresas terceirizadas. "São oito anos de vitórias. Somente na minha gestão implementamos Samu e hoje mesmo estarei com a secretária de saúde para adquirirmos mais uma ambulância. Já as terceirizadas recebiam dinheiro da prefeitura e não repassavam para o trabalhador. Passamos a depositar o dinheiro direto na conta", afirmou.
Para reforçar os benefícios do pleito, o prefeito lançou um desafio: "Quem foi o prefeito que deu melhores aumentos e deu mais respeito e carinho ao longo da história de Salvador? Quem foi o prefeito que melhor tratou o funcionalismo de Salvador?", desafiou.
E, mais uma vez, o prefeito afirmou e com veemência, a vontade de assumir o Governo do Estado: "Não querem que eu seja candidato a governador em 2014. Estão com medo. Estamos em 5º lugar e com uma rejeição fabricada. Sou um potencial candidato e estou disposto. Isto já é determinado. É vontade divina", disse.

Questionado sobre as críticas feitas a gestão dele, ele se defendeu e disse: "Eu entrego a Deus. Os que cães ladrem, mas não mordem. Quando eu decidi cuidar bem da cidade passaram a falar mal de mim. Quando decidimos derrotar os poderosos ficamos isolados. Só tivemos o apoio de Deus", contou.
Segundo o prefeito, há uma rejeição política e jogo de interesses e, sem citar nomes, ele afirma que pegou o metrô com 25% das obras e vai entregar com 100%. "Mas, não deixaram eu inaugurar por questão de ordem política. Isso porque sempre derrotei candidatos do Governo", afirmou.
As contas
A Câmara Municipal poderá colocar em votação as contas do prefeito João Henrique (PP), do exercício de 2009, rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e pela Comissão de Finanças da Casa, assim que passar o segundo turno em Salvador.
O vereador Palhinha (PP), reeleito para mais um mandato, acredita que a votação vai ocorrer após a disputa nas urnas e entende que “com a renovação da Câmara superior a 50%, quem não é reeleito fica chateado e a situação de João fica mais difícil. No entanto, para mim, tudo dependerá do posicionamento do prefeito”.
Já Geraldo Júnior (PTN), que tem o segundo mandato garantido nas urnas, diz que o prefeito sempre esteve afinado com os vereadores de sua base aliada e está tranquilo na aprovação de suas contas. “Como disse outras vezes, não houve má-fé ou dolo ao erário. Ocorreram falhas técnicas que já foram devidamente sanadas”.

O apoio

Sobre o apoio aos candidatos no segundo turno, João se diz magoado com tudo que falaram sobre ele e intimida os prefeituráveis: "Eu trato Salvador por igual e preciso que isso seja reconhecido para que tenham meu apoio. Me agrediram muito, me ofederam muito".

Sendo assim e com a ajuda dos céus, João Henrique avaliou a passagem pelo Thomé de Souza como produtiva e positiva e "são eles que não reconhecem o meu trabalho. Nas campanhas se aproveitam de obras da minha prefeitura. Sou o prefeito que mais fiz pelo povo", discursou o candidato oficial ao governo da Bahia para 2014.

E começam as eleições...

Matéria originalmente publicada às 08h31 do dia 10/10.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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