Política

Escutas da PF flagam futuro ministro

Publicado em 19/12/2010, às 17h02   Redação Bocão News


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De acordo com matéria publicada na edição deste domingo (19) pela Folha de São Paulo, Pedro Novais (PMDB), nem assumiu o Ministério do Turismo e já é alvo de investigação por parte da Polícia Federal (PF). Novais foi flagrado em escutas da PF pedindo ao empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney e alvo de investigação por parte da PF por envolvimento em uma série de irregularidades, que beneficiasse um aliado na Justiça Eleitoral.

O filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) vem sendo investigado há três anos pela PF. As conversas interceptadas pela PF revelam que ele foi procurado pelo futuro ministro por manter uma relação próxima com a tia, a desembargadora Nelma Sarney, à época corregedora do Tribunal Eleitoral do Maranhão.

Novais é aliado da família Sarney no Maranhão. Ele disse não se recordar das conversas gravadas pela polícia. Pedro Novais foi indicado do PMDB para ocupar o Ministério do Turismo no governo da presidente Dilma Rousseff.

O futuro ministro teria intercedido em favor do prefeito de Bacuri (MA), Washington Oliveira (PSB) que enfrentava problemas com a Justiça Eleitoral por não ter participado da convenção que escolheu o candidato do partido à prefeitura e, a seguir, fez a própria reunião para ser aclamado como representante da legenda para disputar o cargo.

Pedro Novais, que é deputado, teria se defendido afirmando não ser do seu perfil esse tipo de prática. Ele rechaçou qualquer suspeita de tráfico de influência afirmando não fazerisso.
Novais disse que não se recorda da conversa com Fernando Sarney nem do pedido. Disse que fala com ele "muito raramente".

Inicialmente, Novais disse não ter relação nenhuma com o PSB, partido do prefeito. Depois admitiu conhecer o prefeito Washington Oliveira. Ele negou ter usado sua condição de deputado e a proximidade com a família Sarney para favorecer o prefeito de sua base eleitoral. Fernando Sarney disse que não iria se manifestar por se tratar de gravações "vazadas criminosamente".

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