Nesta terça-feira (21), em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, com Mário Kertész, o governador Jaques Wagner falou sobre a posse no dia 1° de janeiro. Disse que será uma cerimônia curta, com breve discurso para a assembléia. Em seguida, ele segue para Brasília, onde participa da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, e volta no mesmo dia.
“Domingo descanso e no dia 3 começo a fazer conversas rápidas. Não gosto de estica e puxa. Vou dizer o que cabe a cada um e exigir o óbvio daqueles que vão entrar, uma boa relação e responsabilidade, porque todo mundo tem que ser político”.
O governador reeleito disse que a previsão de entrega da ponte Salvador-Itaparica é até 2014. Mas, até lá, tem de qualificar o sistema ferryboat. “Temos que correr para no Verão oferecermos uma condição melhor aos usuários. Estão chegando um ou dois veículos, desses mais velozes”.
Sobre a capital, disparou: “Não pago custeio da prefeitura”. Tem coisas que são do governo federal, outras do estadual. Mas, reconheceu que Salvador tem problemas e que é preciso fazer investimentos, a exemplo do Complexo Viário Dois de julho, a Via Expressa Baia de Todos os Santos, a Arena Fonte Nova, imóveis para o programa Minha Casa, Minha Vida. “O metrô pela metade é um mico. Se colocarmos para funcionar assim, a tarifa vai estourar. Temos que fazer o trem levar as pessoas de um terminal a outro e integrá-lo à sociedade como um sistema eficiente de transporte coletivo já para a Copa de 2014”.
Questionado por Mário Kertész sobre a personalidade da presidente eleita, Wagner falou que o jogo de cintura realmente não é uma especialidade da petista, mas ela sabe lidar com as pessoas. “É um ser humano como todos nós. Ela é dura para cobrar, mas afável para agradecer”. E completou: “Ela não é um bambu enterrado na areia que não consegue se mexer”. “A Dilma está mudando muita coisa, porque, se não, iam dizer que ela entrou na história de rainha da Inglaterra, que não alterou em nada a saída do Lula”.
Outra pergunta que não queria calar era em relação ao presidente Lula a partir de 31 de dezembro, quando encerra o mandato, se ele vai continuar dando “pitaco” no governo. Segundo Wagner, ele quer ficar entre 15 dias e dois meses afastado, mas deve retomar o trabalho no Instituto da Cidadania, onde começou a trilhar o caminho até a eleição, e volta a morar em São Bernardo.
Para o petista, Lula pode exercer o papel de mediador das relações do país com outras nações, já que conquistou o carinho das pessoas, empresários e população, dentro e fora do Brasil. “Lula tem espírito de trabalhador”.
