Política

Rui Costa avalia as eleições e diz que penas do mensalão são exageradas

Publicado em 19/11/2012, às 08h31   Redação Bocão News - Twitter: (@bocaonews)


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O secretário da Casa Civil, Rui Costa, um dos nomes cotados para concorrer ao governo da Bahia em 2014 pelo PT, concedeu entrevista ao jornal Tribuna da Bahia desta segunda-feira (19). Ao analisar o resultado das eleições, Costa comentou: “eu acho que no estado a expressão do desejo popular foi de afirmação desse projeto que conduz o Brasil e que conduz a Bahia. Esse projeto político, econômico e social teve uma vitória expressiva na ordem de 330, 340 prefeituras sendo dessa base política do governo, então uma ampla vitória desse projeto político no conjunto do estado”. Sobre Salvador, o petista ressaltou que diversos fatores contribuíram para a vitória de Neto e ressaltou que não foi uma derrota, já que a gestão não era do PT.


Falando sobre obras estruturantes, Rui Costa falou sobre o metrô: “Nós estamos saindo com o edital de licitação na modelagem parceria público-privada. Nós estamos nesse momento aguardando a assinatura da prefeitura no documento que formaliza a transferência ao estado da linha 1”. O secretário deu prazo para o início das obras da linha 2 do metrô: “se o cronograma da licitação for todo ok, no mês de abril nós estaremos assinando o contrato da parceria público-privada e, portanto, imediatamente iniciando as obras”.


Voltando a falar de política, Costa comentou que os governos estadual e federal não vão dificultar a vida de ACM Neto (DEM) na prefeitura de Salvador: “Eles (Dilma e Wagner) têm o estilo de fazer parcerias e obras em todos os municípios, independente da filiação partidária. Diferente até do que se fez no passado na Bahia. Se o prefeito de Salvador quiser fazer da prefeitura uma trincheira política, evidente que aí a relação será de disputa política. A opção, portanto, não está no governo, está colocada para o prefeito eleito da cidade, a ele caberá fazer a escolha”.


Rui preferiu não falar sobre os partidos que logo após as eleições já demonstraram fome por mais espaço no governo, a exemplo do PDT e PSD: “Atualmente eu não cuido da política, eu cuido da gestão e quem é o responsável por essa arquitetura da política é o secretário Cézar Lisboa. Portanto, até por respeito a ele, eu prefiro não especular muito sobre composição dos aliados e composição do governo”. Mas falou genericamente: “Eu fico aqui com a resposta do governador. Ele disse que não fará uma reforma para recompor politicamente o governo e sim mudanças pontuais onde ele entende que é necessário melhorar a gestão ou atender essa ou aquela representação política que não está representada”.


Quando o assunto foi sucessão em 2014, o secretário preferiu não supervalorizar o próprio nome: “é bom que o PT e que os partidos aliados tenham nome. Não é só o PT que tem nome, nós temos outros partidos que têm nomes cogitados também. (...) Mas eu diria que a minha cabeça está voltada para a gestão e para a organização do governo”. Questionado sobre declarações do governador Jaques Wagner (PT) de que os nomes de José Sérgio Gabrielli e o do próprio Rui Costa seriam seus prediletos, ele dispara: “Eu nunca vi o governador falar isso”.


Falando sobre o polêmico mensalão e suas condenações, Rui Costa considerou as penas exageradas: “A tese que eu acredito é que foi estruturado um financiamento de campanha para a base aliada, uma estrutura que se mostrou desastrosa, equivocada, e, infelizmente, me parece que utilizando de maneira indevida a captação de recursos irregular e ilegal. Repito: eu acho que as penas me parecem exageradas para o tipo de erro cometido, mas a quem cabe imputar as penas é ao Judiciário. Fica o ensinamento de que nós precisamos aprovar uma reforma política”.


O petista citou várias obras que devem estar prontas até o início da Copa de 2014: “o complexo de viadutos do Imbuí e de Narandiba que nós vamos licitar agora e vai estar, sim, pronto para a Copa do Mundo. Nós vamos licitar a Pinto de Aguiar e a Orlando Gomes, que nós queremos que também estejam prontas para a Copa do Mundo, e também a Gal Costa e a 29 de Março, que, se não totalmente, em boa parte dela, nós queremos já estar pronta para a Copa do Mundo. O metrô, nosso trabalho é no sentido de a linha 1 estar funcionando na Copa do Mundo e que nós tenhamos algumas estações também da linha 2 operando. Nós precisamos cumprir e ser rigorosos com o calendário para que esse objetivo seja atingido”.

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