Política

Pinheiro daria passo importante com a liderança no Congresso

Imagem Pinheiro daria passo importante com a liderança no Congresso
Senador prefere falar de outros assuntos, mas influência cresceria   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/11/2012, às 16h40   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O senador baiano Walter Pinheiro (PT) tem acompanhado com prudência o crescimento das especulações em torno da indicação de seu nome para liderança do governo no Congresso Nacional a partir de fevereiro de 2013. A decisão é atribuição da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores mais próximos.

Ponderado, Pinheiro prefere não projetar o cenário. Atualmente ele liderada a bancada do PT e dos partidos da base aliada no Senado, mandato que expira em 31 de janeiro de 2013. “A maioria das pessoas está falando disso, mas acho prematura esta discussão. Temos outras prioridades no momento”.

Em conversa com o Bocão News o senador reiterou que tem se dedicado às questões relacionadas à perda de receita dos municípios baianos, a distribuição dos royalties, ICMS, além de buscar uma forma de complementação das transferências para as cidades que perderam recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Em 2009, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendeu à demanda dos prefeitos e aprovou a Medida Provisória destinando R$ 384 milhões para viabilizar a complementação de apoio financeiro da União aos municípios que recebem recursos do FPM, conforme publicou a Folha de São Paulo à época.

Esta é uma das “batalhas” travadas pelos congressistas baianos em Brasília. “Nós também estamos avançando nas discussões para alterarmos a regra do FPM. Muitos municípios a exemplo de Alagoinhas que perdeu 145 habitantes no último Censo e mudou de faixa sofrendo uma redução nos repasses”.

Liderança

Embora Pinheiro não queira falar sobre o assunto, assumir a liderança do governo seria um passo importante no cenário político que se apresenta para 2014. Correndo “por fora” na disputa pela indicação do partido para a sucessão de Wagner, o aumento da influência em Brasília pode contar pontos valiosos para Pinheiro.

A despeito da incerteza em torno de quem vai liderar a chapa majoritária e se este será do PT, Pinheiro tem “adversários” internos de peso. O chefe da Casa Civil, Rui Costa, tem participado de todos os eventos do governo e agora indicou o prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, para a sucessão de Luiz Caetano, atual gestor de Camaçari, na presidência da União dos Municípios de Bahia (UPB).

Caetano é outro virtual candidato petista. Contudo, sem mandato, espera a indicação de Jaques Wagner para compor o secretariado estadual ou ficará, como vem anunciado, atuando na articulação política com as cidades e prestando consultoria aos prefeitos.

José Sérgio Gabrielli, secretário do Planejamento e ex-presidente da Petrobras, é o mais próximo ao ex-presidente Lula e também terá um papel importante nas ações estaduais nos dois últimos anos de governo Wagner ganhando a projeção que muitos acreditam que atualmente não tem.

Matéria originalmente publicada às 11h40 do dia 23/11.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp