Política

Reunião acaba sem acordo para votação das contas de João

Publicado em 28/11/2012, às 07h39   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



A novela continua. A reunião do Colégio de Líderes para a definição da pauta de votação na Câmara Municipal de Salvador foi uma das tensas dos últimos tempos. Foi debatida a ordem da apreciação em plenário das contas de João Henrique, referentes ao exercício financeiro de 2009 e 2010, e os sete projetos enviados pelo Executivo. A oposição queria prioridade na votação da contas do prefeito. Já a situação pretendia que os projetos da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (Louos) e o PDDU da Copa fossem prioritários. Resultado: mais uma vez não houve acordo entre as lideranças.

A líder da bancada da oposição, Vânia Galvão (PT), saiu antes mesmo da reunião acabar, já dando indicativos de que não haveria acordo. Ao ser questionada sobre o resultado do encontro, a petista preferiu não comentar. “Não tenho nada a declarar sobre a reunião”, afirmou.

Após a reunião, um fato novo. Os vereadores foram informados pelo setor Legislativo que as contas do ex-presidente Alan Sanches (PSD), referentes ao ano de 2010, sobrepujaram a pauta de votação e teriam que ser prioridade para desobstruir a Ordem do Dia e votar outros projetos.

Com a prioridade na votação das contas de Sanches, o que ficou acertado para a sessão ordinária da próxima quarta-feira não agradou nem gregos nem troianos. Após a apreciação do exercício financeiro de 2010 do Legislativo Municipal, projetos não-polêmicos de vereadores serão votados. “A expectativa é de votar entre 70 e 80 amanhã”, declarou o líder da bancada do governo, Téo Senna (PTC).

De acordo com o comandante da situação, até o dia 19 de dezembro as contas do prefeito João Henrique serão votadas. “Teremos que fazer muitas reuniões de líderes até chegarmos a um acordo”, vislumbrou.  

As vereadoras do PCdoB, Aladilce Souza e Olívia Santana, demonstraram decepção com o resultado do encontro. “Querem votar a Louos e o PDDU da Copa que estão sendo questionados do ponto de vista legal. Não sei o motivo desta pressa, declarou Olívia Santana.

 “É uma pena. Não vejo mais motivos para continuarmos postergando essa situação. Toda a sociedade clama por isso”, afirmou Aladilce Souza.

Foto: Marivaldo Filho

Nota originalmente postada às 16h38 do dia 27

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp